Inservível é uma coisa que não serve mais, desnecessária, inútil.
Você, amigo leitor, já percebeu como temos coisas inservíveis em casa?
Inservíveis para nós, mas, com certeza, utilíssimas para outros.
Essa é a razão porque devemos, rotineiramente, fazer uma faxina na nossa vida.
Normalmente, nos deparamos com isso quando fazemos uma mudança de residência.
Quanta coisa acumulada, ocupando espaço, e que poderia ajudar outros.
Certa vez li que quando acumulamos e vamos enchendo nosso guarda-roupa não sobra espaço para o novo chegar e ficar.
Conheço gente que é escravo do dinheiro. Que só pensa em como guardá-lo, em como multiplicá-lo. A escravidão pode ser vivida de diferentes formas: a escravidão ao trabalho, a escravidão a um dogma, a escravidão a uma seita, a escravidão ao gosto pelo poder, a escravidão a um vício ou mesmo a escravidão a um amor.
Existem os que guardam tudo, passando até necessidades no presente, acumulando por medo ou por avareza. Os “sem vida”. Os “sem presente”. E que certamente serão os “sem futuro”.
O filósofo chinês Lao-Tsé, fundador do taoísmo, enunciou que, para ganhar conhecimento, o segredo é adicionar coisas todos os dias, mas para ganhar sabedoria, devemos eliminar coisas todos os dias.
Milênios depois, ainda vemos o consumo desenfreado para acumular mais, ter mais, exibir mais, quando a verdadeira sabedoria está em ser e não em ter.
Reflita sobre isso, esvazie teus armários, seja leve, livre e solto, distribua o que tem de sobra.
Para voar melhor devemos diminuir a carga, aproveitar o vento, deixar a vida nos surpreender.
Desapego é uma virtude muito pouco praticada nos dias de hoje e o que verdadeiramente nos liberta de uma vida sem sentido.
Os dedos das mãos foram separados na criação, exatamente para deixar passar o que não precisamos. Lembre disso.