Nunca recomendo imóvel como opção de investimento. Gera muitas despesas, perde o valor com o tempo, não é fácil de vender quando necessário, dentre outros motivos.
Da mesma forma, quando consideramos a compra da casa própria, algumas questões devem ser consideradas.
No início da vida adulta, quando a pessoa começa a trabalhar e sai da casa dos pais, o mais indicado é procurar um imóvel para alugar. Costuma-se dizer que pagar aluguel é jogar dinheiro fora, mas nessa fase da vida, existem ainda muitas indefinições com relação ao futuro. Qual o tamanho ideal do imóvel, qual a melhor localização, vai casar, ter filhos?
Além disso, nesse momento é natural que não se tenha uma poupança para dar de entrada no imóvel. Então, é importante lembrar que uma prestação de financiamento da casa própria é composta não só da parcela que vai pagar sua dívida, mas também, e principalmente, de juros, que só é bom para o banco.
Portanto, o mais correto é aguardar um tempo e ir juntando dinheiro para, lá na frente, ter condições de dar uma boa entrada e contratar um financiamento menor.
Imagine que o jovem, ou o casal, tenha em torno de R$ 3 mil para pagar a prestação de um financiamento imobiliário. Se optar pelo aluguel de um imóvel pequeno, de R$ 1 mil, por exemplo, e poupar os outros R$ 2 mil em bons investimentos como títulos públicos, letras de crédito imobiliário, que são isentas de imposto de renda, ou em prestações de um consórcio imobiliário, em 5, 7 ou 10 anos, terá dinheiro para dar uma entrada maior no financiamento. Pagará parcelas menores e, consequentemente, menos juros.
Fiz um estudo que comprova que, investindo bem o dinheiro que seria dado de entrada em um financiamento e, ainda, poupando mais uns R$ 2 mil reais por mês, em 15 anos é possível comprar uma casa à vista. Financiando, levaria 30 anos para quitar.
Outra coisa: é bom lembrar que em cada troca de imóvel gasta-se bastante com taxas, registros e outros impostos. Por isso, é bom já ter a vida mais definida nesse momento.