Quando o assunto é consumo, muitas vezes enganamos nosso lado racional, criando armadilhas, mentiras, para justificar gastos excessivos ou desnecessários.
Uma dificuldade enorme para o brasileiro é: poupar. Poupança é diferimento de consumo. É deixar de consumir hoje para poder ter dinheiro para consumir no futuro. Esse nosso vício econômico tem duas origens: a nossa cultura ibérica e a inflação. A cultura ibérica nos induziu, sempre, a esperar do governo e deixar com ele o futuro. Quando chegar a hora, ele dá um jeito. Não é assim?
E décadas de inflação estratosférica nos forjaram a pensar só em conseguir passar o mês, a olhar só no curto prazo. Não aprendemos a fazer e cumprir um orçamento, a planejar e a saber a importância e o valor do dinheiro, pois ele já não tinha o mesmo valor no dia seguinte.
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Além disso, não se ensina finanças pessoais nas escolas do país que tem a maior taxa de juros do planeta. E a cultura ibérica e a inflação persistente, que faz com que o dinheiro do dia anterior compre menos no dia seguinte, nos induzem a viver o agora, a pensar só no curto prazo.
Justificativas falsas para o consumo:
Eu não sei nada sobre dinheiro
Não sabe porque não quer. Em tempos de Google e Internet essa desculpa não cola. Aprenda o básico com as informações e planilhas disponíveis lá.
Eu mereço isso
Se porque trabalha muito, tem que equilibrar com lazer, e se porque não gosta do que faz, tem que fazer terapia. E coisas não trazem felicidade, especialmente se vierem com dívidas junto.
Comprei na promoção
O desconto de 50% te condiciona a pagar 100% de uma coisa que você não precisa. Se eu ganhasse mais O “x” da questão não é ganhar mais, mas ser mais disciplinado com o que ganha.
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Um dia vou mudar
Postergar é fugir do problema. Algum dia é dia nenhum no calendário.
É uma dívida boa
Olha, dívida boa é aquela que você não tem. Ou a dívida de juro zero, que não existe aqui.