Pesquisas do psicólogo sueco Svanborg confirmaram que mulheres que combinavam atividades no lar, maternidade e trabalho tinham um bem-estar psicológico e uma longevidade maior.
Antes do movimento feminista, a saída dos filhos do lar para casar- o chamado ninho vazio-, a menopausa e o fim da vida reprodutiva eram uma ameaça à identidade feminina e causa de depressão.
Porém, a mulher moderna, ao empreender novas carreiras profissionais após essa fase, estimulou-se com outros desafios, com o empoderamento e passou a viver mais.
Desde a Segunda Guerra, a longevidade das mulheres aumenta duas vezes mais que a dos homens.
Nos EUA, no início do século passado, a esperança de vida ao nascer para homens e mulheres era quase a mesma: 1 ano de diferença a favor das mulheres.
Em 1950 aumentou para cinco, no início dos anos 2000 para oito anos e, hoje, é de 10 anos.
Já no Brasil, hoje, a mulher vive, em média, 5 anos a mais. Como pode se aposentar 5 anos antes, dá 10 anos a mais de aposentadoria.
Olha, podem esperar, isso vai gerar uma grande discussão na reforma da previdência no ano que vem.
Acontece que, se por um lado todas essas atividades são positivas para a longevidade das mulheres, por outro prejudicam, pois muitas vezes elas se obrigam a parar de trabalhar por um período, como após o nascimento dos filhos e, nessa época, deixam de contribuir para a aposentadoria. Muitas optam por trabalhar por conta própria e frente às dificuldades que o empreendedorismo impõe, contribuem menos ou passam algum tempo sem a cobertura da previdência.
Devido a tudo isso, minha proposta é que as mulheres, já que, por mérito próprio, vivem mais, tem que ter a mesma idade de aposentadoria dos homens- 65 anos- mas, como compensação, 5 anos a menos de carência de tempo de contribuição para a Previdência, pela dupla jornada que exercem.