Há 30 anos, ensino as pessoas a guardar dinheiro para se aposentar. Para ter renda mensal para viver, mantendo o padrão de vida, sem precisar mais trabalhar. Com o aumento da longevidade, a evolução tecnológica e as doenças degenerativas, fruto da inatividade, fui mudando minhas convicções.
Hoje, ensino a acumular reservas previdenciárias para diminuir o ritmo de trabalho conforme a idade for aumentando. Afinal, quem não tem objetivo na vida, quem não tem uma razão para levantar de manhã, já começou a morrer. E o Ahlzeimer, o Parkinson e outras doenças estão aí para comprovar isso.
Assim, estive pensando: em época de reforma da previdência, se este país fosse administrado por gente inteligente, por que não ir diminuindo gradualmente o ritmo de trabalho com a previdência social pagando as horas que o trabalhador deixasse de produzir para a empresa.
Exemplo: a partir dos 50 anos, ao invés de 8 horas diárias, o trabalhador prestaria serviços por 6 horas que seriam pagas pelo patrão. As 2 horas que ele deixaria de trabalhar seriam pagas pelo INSS. Aos 60 anos, reduziria para 4 horas de trabalho e 4 de aposentadoria.
Uma aposentadoria gradativa, de enorme valor para as empresas, que aproveitariam a experiência dos trabalhadores mais maduros, e solução mais barata para todos.
O mundo mudou, o trabalho mudou, a velhice mudou, por que a previdência não pode mudar?