Já escrevi muitas vezes que ter um Plano de Previdência Privada é indispensável nos dias de hoje. Especialmente após a reforma da previdência que vem aí e que vai diminuir as aposentadorias futuras do INSS.
Mas, não adianta investir em qualquer lugar. Cuidado com aquele Plano de Previdência que o gerente do banco insiste em te oferecer! Apesar dos conceitos e da legislação serem os mesmos, os Planos de Previdência Privada podem ser e são diferentes uns dos outros.
Até mesmo a finalidade para a qual se adquire um plano, hoje em dia, varia bastante. Além da aposentadoria, você pode fazer previdência para custear a faculdade de um filho ou para pagar um plano de saúde depois de aposentado, por exemplo.
Na verdade, você pode fazer previdência com qualquer finalidade que envolva poupança no longo prazo, ou seja, para mais de dez anos. Afinal, fazer previdência é ser previdente. É prever e planejar o futuro.
Agora, como com qualquer produto, não compre sem conhecer o que está comprando. Informe-se, conheça o plano e compare. Como sugestão, abra o olho sobre os seguintes itens:
– A solidez da Instituição, afinal, na hora em que você for se aposentar, daqui a 20 ou 25 anos, é bom que ela exista;
– A “taxa de administração” do fundo onde será aplicado o dinheiro. O gerente do banco vai te
falar da taxa de carregamento, podendo até zerá-la, mas o impacto na poupança previdenciária
é o da tal taxa de administração. 4% faz um rombo na sua poupança, pois incide sobre um patrimônio crescente. O ideal é, no máximo, 1% se o investimento for só em títulos públicos e até 2,5% se tiver ações.
– Conheça a “política de investimentos” do plano e pesquise a rentabilidade dos cinco anos últimos anos, por exemplo. Ela não é garantia de rentabilidade futura, mas sinaliza competência
na gestão;
– Veja como será corrigida a aposentadoria e a forma de recebê-la. Se existe a opção de renda vitalícia, por exemplo. Pois nas rendas por prazo determinado, o risco de viver mais e acabar o dinheiro fica com você;
– Cuidado com as simulações de rendimentos com taxas de juros muito altas. Simular é uma palavra pequena, mas de grande importância no planejamento de longo prazo! Quando vamos fazer uma grande aquisição – um imóvel, por exemplo -, é através da simulação que se define o prazo e o valor das parcelas, de acordo com os juros contratados. Até para a compra de um carro, com prazo bem inferior, somos obrigados a simular para saber nossa capacidade de pagamento. No plano de previdência, simular usando rentabilidades de 10% ou 12% ao ano vai superestimar o valor de sua aposentadoria. O ideal é usar, no máximo, 6% ao ano.
Por fim, o dinheiro da previdência é sagrado. Não use antes da hora. E, não deixe de conversar com quem entende do assunto. Mas lembre que o gerente trabalha para o banco e não para você. Como um plano de Plano de Previdência Privada é para a vida toda, vale sim consultar um especialista isento antes de
começar.