Se o destino do happy hour desta sexta-feira ainda for incerto, se for passar pelo Água Verde, a sugestão é dar uma passada no Jabuti. Com 25 anos de história, o lugar é tradição na região. Petiscos, lanches e a tradicional feijoada aos sábados criaram clientes cativos. A história do bar, nem todos sabem como começou. Ela é, no mínimo, curiosa e bem inusitada.
Se você curtiu a infância na década de 90 e início dos anos 2000 vai lembrar das antigas locadoras de fitas de videogames. Ou então dos lugares que foram os avós das antigas lan houses. A diversão do fim de semana era pagar poucas horas para jogar videogame, chegar cedo para garantir a fita dos jogos mais divertidos.
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Antes disso, dos tempos de locadora de jogos, o local era um antigo armazém. Seu Vicente e dona Helena construíram a casa na década de 1950, nos tempos de quando o Água Verde era ainda cheio de chacrinhas. Seu Vicente construiu um armazém dentro da casa, mas não chegou a abrir de fato. “Ele era caminhoneiro e não conseguiu sair da estrada. Em 1990, o filho dele, meu sócio, abriu uma lojinha para alugar fita de videogame. A molecada vinha aqui, jogava videogame, era o ponto de encontro da turma”, lembra Marcelo Tochio, um dos sócios do Jabuti.
Em 1998, Marcelo e o sócio Sidnei Sionek resolveram aproveitar o espaço para abrir um bar. “Procuramos pontos pela região, mas não encontramos. Então decidimos fazer aqui. Era um ambiente pequeno, mas a ideia era vender umas cervejas para os amigos. Logo nas primeiras semanas o movimento foi acima do esperado. E assim foi, aumentando ano após ano”, conta Marcelo.
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Já se passaram 25 anos e hoje o Jabuti é um dos barzinhos tradicionais mais queridos da região. Seu Vicente e a dona Helena continuam morando na mesma casa, que hoje é anexa ao bar. “O armazém do seu Vicente é hoje a cozinha do nosso bar. O que ficou dele [o armazém] foi o nome. O Jabuti surgiu porque seu Vicente viajava muito, ia para o Norte, isso nos anos 60, 70. Ele trazia arara, aves, animais. Tinha um viveiro enorme com vários jabutis. Eles ficavam no terreno, andando pra lá e pra cá. Quando o bar abriu, pensamos ‘vamos colocar Jabuti, tem tudo a ver’. O nome ficou”, relembra o empresário.
Marcelo e Sidnei são amigos de infância e passaram anos brincando no antigo local cujo terreno hoje abriga o bar. No começo, os dois com as namoradas davam conta dos lanches, porções, venda de cervejas. Logo veio a feijoada, que foi um sucesso. “A coisa foi só crescendo. Começamos a contratar funcionários, conseguimos mais espaço dentro do terreno. Fomos ampliando. Quando a gente viu, a casa tava transformada em quatro anos. Foi tudo muito rápido”, confessa.
Tronquinho: o bolinho de cupim mais que especial
Poucos bares conseguem dar destaque especial a uma carne tão saborosa quanto o cupim. Costela, carne moída, carne de panela, o bolinho de carne é aposta certeira nos cardápios de bares e lanchonetes pela cidade. Só que garanto para você que o tronquinho é especial. É feito com a carne cozida lentamente, no próprio caldo. Já com a carne desmanchando, ela é moldada em formato cilíndrico, tipo um ‘tronquinho’ mesmo. É empanado e frito. Fica suculento e macio por dentro, crocante e sequinho por fora.
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A porção, que vem com 12 unidades, pode ser compartilhada em duas ou três pessoas e custa R$ 69,90 – vem com molhinho de pimenta e vinagrete da casa. No mesmo processo, o bolinho de costela (R$ 69,90 com 12 unidades) também é destaque no cardápio. O petisco está no cardápio há pelo menos uns seis anos, pois lembro bem que há algum tempo, quando conheci o bar pela primeira vez, o tronquinho já estava entre os mais pedidos da casa.
Entre os lanches, o tradicional pão com bolinho da casa é premiado. “Fez parte de festivais muitos anos. É um lanche muito tradicional, na cidade inteira. A gente sempre influenciou as pessoas. Participamos durante muitos anos do Festival Curitiba Honesta, que hoje está na 20ª edição. Fizemos parte dele por uns 15 anos”, explica Marcelo.
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Outra sugestão do Rango é o pão com pernil, feito no pão francês, com maionese, vinagrete, muçarela e cheiro verde (R$27,90) – clássico, bem feito. Sinta a extravagância desse lanche na foto acima.
O sanduba de boteco também não fica para trás. Servido no pão francês, com bife em tiras, maionese artesanal, muçarela e cheiro verde (29,90).
A carne de onça da casa, prato clássico dos bares de Curitiba, é um dos mais pedidos. O prato segue o mesmo formato, desde o começo da abertura do bar e tem sido muito bem avaliado pela crítica gastronômica. A porção individual custa R$ 28,90.
Aos sábados, a casa costuma lotar com a feijoada. O Rango Barateza ainda não experimentou, portanto não há como dar detalhes. O almoço é servido em sistema de buffet, com as carnes, o feijão, caldinho, acompanhamentos, pernil à pururuca. Custa R$ 69,90 por pessoa ou a marmita pronta por R$ 74,90 para duas pessoas – para viagem.
*Os valores do cardápio divulgados no post são de março de 2024 e podem sofrer alterações.
Que tal um #sextou no Jabuti?
O bar abre de segunda a sábado, das 17 horas até meia-noite. Fechado aos domingos. Fica na Rua Prof. Assis Gonçalves, 1506 – Água Verde. Telefone: (41) 3229-5054.
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