Restaurante conquista Curitiba com o melhor do fogão a lenha

Kika Comida Caseira, no bairro Fazendinha.
Foto: Eloá Cruz.

Que tal um almoço num estilo restaurante rural em Curitiba? O Rango Barateza compartilha um excelente achado no bairro Fazendinha. Pernil no forno bem suculento, feijoada, tutu de feijão com ovo frito, torresmo, linguiça, carne de panela com batata, farofa bem temperada, dobradinha, lasanha caseira, frango frito sequinho e crocante.

Eu apostaria em dizer que o restaurante está entre os melhores preparos e quitutes oferecidos em fogão a lenha. Foram tantos queridinhos no buffet que fica difícil se servir apenas uma vez. E ainda bem! A comida de qualidade e o bom tempero deixam qualquer um contente, e o preço é bem honesto. De segunda a quinta, o buffet livre fica apenas por R$ 28. Às sextas, com costela assada e peixe, o almoço livre é R$ 32.

Foto: Eloá Cruz.

As várias opções de carnes e pratos quentes deixam qualquer um salivando. E as opções de saladas também agradam demais. O restaurante tem todo o cuidado de criar saladas deliciosas, bem cortadinhas e temperadas. Do tabule a salada de berinjela grelhada, saladinha de repolho, tomate, cenoura cozidinha.

O primor pelas preparações e pelos sabores revela muito de quem comanda o restaurante. Alguém que é apaixonado por sabores, da salada aos assados. Da farofa ao tomatinho temperado.

Do salto alto ao avental

Zileide Brandino Chagas, de 43 anos, deixou o terninho e o salto alto de lado e vestiu o avental, prendeu o cabelo e tirou o esmalte das unhas. Tudo começou em 2013, quando ela decidiu vender frango assado aos finais de semana – algo para complementar a renda.

“Eu tinha uma lojinha de R$ 1,99, aí fui para o exterior, voltei. Trabalhava com consultoria de empresas. Meu chefe ficou sem projeto e aí, nesse meio tempo, eu e meu sobrinho decidimos vender carne assada, frango assado. Compramos 20 frangos. No primeiro dia vendemos apenas um. Passamos aquela semana toda comendo frango”, conta a empresária.

A saga continuou e Zileide não desistiu. Depois de três, quatro fins de semana vendendo carne assada, as pessoas começaram a pedir marmita. A mãe de Zileide, que mora nos fundos do espaço criado para vender as carnes, cedeu um espacinho na cozinha e as marmitas começaram a ser preparadas. “Eu nunca tinha comprado uma marmita, então eu não sabia como fazer uma. Montei com arroz, feijão, macarrão e carne. Toda vez que vendíamos uma, meu pai vibrava. Quando vendemos 10, fizemos um jantar para comemorar”, relembra.

E assim foi. No começo 10, depois 20, 50, 100 marmitas vendidas. A cada nova conquista, a família se reunia e comemorava. Zileide deixou o trabalho antigo para trás e passou a se dedicar exclusivamente ao novo restaurante. A pequena portinha foi ampliada, um fogão a lenha foi colocado no lugar do simples buffet de inox e as mesas e cadeiras foram tomando conta. Parte delas no salão na área da frente, outra parte na garagem da casa.

Hoje, o restaurante faz 11 anos de trajetória. Foram histórias, momentos de dedicação, de conquista em família. O comando da Zileide, que conta com o apoio do seu pai, seu Zito, e da mãe, dona Maria Sirlei. Aliás, Kuka vem em homenagem a mãe. O neto quando criança chamava carinhosamente a avó de Kuka.

Com 80 anos de idade, seu Zito é o braço direito da empresária, que se emociona ao falar do apoio e carinho que recebe do pai. “Ele é a minha base está desde o primeiro dia comigo. Quando eu engravidei, ele começou a fazer as entregas. Ele sempre tá de olho por aqui. Ele é a minha base, meu orgulho. Minha mãe também, sempre me ajudou, mas ela fica mais com a casa e com os filhos”, esclarece.

Do pernil à feijoada mais querida da região

Se de segunda a sexta a Kuka oferece um excelente buffet com opções deliciosas no fogão a lenha, sábado e domingo os preparos são especiais. A feijoada e a costela ganham espaço, o buffet fica maior, mas o preço sobe apenas um pouco. A refeição livre fica por R$ 38 – ainda um valor muito atrativo pela qualidade e pratos que oferece.

A feijoada também pode ser levada pra casa, em dois tamanhos: para duas ou três pessoas (R$ 50 a R$ 55). Ela vem bem servida e acompanha farofa, torresmo, vinagrete, arroz, couve refogada, laranja e banana à milanesa.

O tempero, o fogão a lenha e os preparos, do tutu ao pernil assado, remetem a uma cozinha bem caipira, regional. Há quem veja o estilo muito próximo com a cozinha mineira. Apesar da semelhança, Zileide revela que a família é toda paranaense. “Ninguém é mineiro, é uma cozinha que pra mim tá muito próximo daquilo que a gente comia em casa. Minha mãe fazia muito torresmo, linguiça, viemos do interior do Paraná. Do ovo frito, que combina com tudo, o tempero das carnes – que todos os domingos eu buscava na casa da minha mãe. Eu fui copiando aquilo que a gente comia”, conta.

Com o tempo, Zileide foi incrementando o cardápio. A feijoada que antes era mais simples foi ganhando mais acompanhamentos. Veio o vinagrete, a laranja. A dobradinha que o pai gostava recebeu feijão cavalo.

Sem cursos ou diplomas na área da gastronomia, Zileide revela sua formação “prática” em cozinha caseira. “Eu aprendi muita coisa com o tempo, com a experiência. Há coisas que um cozinheiro com diploma não sabe. Eu cozinho mais de 30 kg de arroz no sábado, que tem feijoada. Quantas pessoas comem? Umas 400 no mínimo. Para acertar, tem que ter técnica e capricho. Saber engrossar o caldo do feijão. É exigência e cuidado, meu jeito”, confidencia.

**Os valores do cardápio divulgados no post são de dezembro de 2024 e podem sofrer alterações.

Que tal uma comidinha de fogão a lenha?

O Kuka Comida Caseira fica na Rua Martins Fontes, 319 – Fazendinha. Funciona de segunda a domingo, das 11h30 às 15 horas. Realiza entregas de marmitex, com preços a partir de R$ 14,50. Os pedidos são realizados pelo WhatsApp (41) 99707-2114.

CONFIRA O MENU COMPLETO DO RANGO BARATEZA:

Sanduíches;
Sopas;
Pizzas;
Massas;
Doces e sobremesas;
Salgados;
Pratos feitos;
Carnes;
Petiscos;
Buffet.

Tem dicas de Rango Barateza? Manda aí!

Quer sugerir lugares com Rango Barateza para o blog? Então escreve para eloas@tribunadoparana.com.br. Aceitamos dicas por Curitiba, manda aí!

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