Peço sua licença para falar sobre a fritura mais querida das feiras, vou contar detalhes que vai fazer você salivar. Vamos lá: um bom pastelzinho de feira, frito na hora, fresquinho, com queijo puxando ou carne moída feita bem soltinha, massa levinha, é um caso sério. Ele agrada um público mais simples, mas também gente fina, da grana. Não há quem resista!

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Em Curitiba, há mais de 30 anos, a banca de pastéis criada pelo casal Hatsue e Célio Shimabukuro é feito com tanto carinho, tanto sabor, que conquistou até paladares sofisticados de chef. Bem além disso, o Hati Pastel tem clientela curitibana fiel por anos. Afinal, num bom dia de feira chegam a vender mais de 4 mil pastéis. É brincadeira?

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Há quem duvide, mas quem dá detalhes da operação toda é Daniel Shimabukuro, de 39 anos, um dos proprietários da empresa. “A gente faz a feira do Seminário, no sábado, e a feira do Uberaba, às terças. No sábado, na feira do Seminário, temos em média 30 funcionários. São mais de 60 mesas, uma estrutura bem grande. A gente tem hoje lá quatro fritadores, são cinco tachos. A gente frita de oito a dez pastéis por tacho. Então sai uns 40 pastéis por fritada. Tem dia que chegamos a vender mais de 4 mil mesmo”, esclarece.

Foto: Eloá Cruz.
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O queridinho dos curitibanos é o tradicional pastel de carne. Simples, com carne fritinha, sequinha, soltinha. Para acompanhar, aquele clássico vinagrete ou um molho de pimenta feitos artesanalmente. Na feira, o tradicional pastel de carne, que tem 17 cm, custa R$ 11. Os especiais, com carne, ovo e azeitona, ou carne, ovo e queijo, medem 24 cm e custam R$ 18.

Os sabores são variados: do clássico queijo e pizza, palmito, ao pastel de frango e requeijão – que é bem pedido. O preço de cada um varia entre R$ 11 e R$ 18.

A sugestão do Rango Barateza é com certeza o pastel de carne. Ou tente também o especial: de carne, ovo e queijo. Como a proposta é ser um pastel de feira, não espere um ‘travesseiro’ de recheio. Aproveite o sabor da massa também, que é sensacional. O pastel da Hati é recheado para ser leve. Assim você come um na feira, e não atrapalha o almoço. Ou então, quem sabe você possa provar dois, e transformar o pastel em refeição mais completa.

Hati é qualidade!

Desde 1992, a Hati Pastel mantém a mesma receita da massa e preza pela qualidade. Não é o pastel mais barato de Curitiba, mas com certeza está entre os melhores. E qual o segredo? Mais que receita, que modo de preparo, o sucesso do pastel da Hati está no uso de produtos sempre fresquinhos.

“A gente faz compra semanal de todos os produtos. Compramos produtos de qualidade, boa farinha, a melhor banha. Tem ingredientes que a gente compra de uma a duas vezes na semana. Ovos toda quarta, até os recheios. A nossa massa não vai conservante. É tudo muito artesanal. Além disso, a gente tem um carinho muito grande. A receita não mudou ao longo dos anos. A qualidade do produto continua. Usamos óleo novo toda feira. E isso faz diferença, né?”, conta com detalhes o empresário Daniel.

De 1992 para cá, as coisas foram crescendo. A Hati Pastel está nas feiras e há pouco mais de um ano também na praça de alimentação da Ligga Arena, no Água Verde. A loja tem um conceito um pouco diferente da feira, oferece chopes e petiscos para compartilhar.

Para melhorar a operação, a Hati Pastel também conta com uma fábrica de massas própria, que produz insumos para as feiras e também para a venda só da massa de pastel. “Foi a feira que nos trouxe a oportunidade de abrir a loja física e tempo depois de abrir a nossa fábrica de massas, que está indo muito bem”, comenta o empresário.

E por que Hati? O nome surgiu ao acaso, foi quase que escolhido pela clientela. Dona Hatsue, que sempre ficava no caixa, era quem atendia os clientes. O marido, Célio, costumava fritar os pastéis, e era também mais tímido. Resultado? O pastel da Hatsue, pastel da Hati, Hati Pastel.

Clientela famosa

Pastel bom, cliente fiel. Na feira do Seminário, onde a barraca da Hati é maior e mais completa, a clientela é até famosa. Entre os fãs do pastel, o chef e proprietário da rede Madero Junior Durski. “A gente tem o Junior como um cliente assíduo. Ele é apaixonado por pastel. Conhece a gente muito bem, é um cliente amigo”, conta o empresário.

Jogadores de futebol, jornalistas, apresentadores, políticos paranaenses. Os clientes vêm de ônibus e também de Porsche. “É muito engraçado essa relação. O pastel é democrático. Ele atende todo mundo, é barato e não tem um brasileiro que não tenha comido pastel. É cultural”, revela.

Comer pastel de feira é uma experiência bem brasileira. Passar a manhã numa feira livre, comprar bons ingredientes, frutas, verduras. E depois descansar as pernas numa mesinha simples, de plástico, para comer um bom pastel. Na Hati, o pedido é retirado na mesa, cai na impressora da banca, é produzido e depois entregue na mesa, com bebida. Depois, para pagar, é levantar a mão e acertar a conta no caixa. “O cliente não fica numa fila, não fica com os pastel na mão tentando achar uma mesa. É uma experiência melhor. O cliente senta e o pastel vem rápido”, conta o empresário Daniel.

*Os valores do cardápio divulgados no post são de fevereiro de 2024 e podem sofrer alterações.

Hati Pastel

A Hati Pastel está presente em duas feiras de Curitiba. No Seminário, aos sábados, das 6h30 às 13 horas, na Rua João Argemiro de Loyola. No Uberaba, às terças, das 7 às 11h30, na Rua Coronel Carlos de Carvalho, próximo a Avenida Salgado Filho.

Conheça também a loja da Hati Pastel na Ligga Arena, das 10 às 21h30, de terça a domingo. Fecha às segundas.

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