Sabe quando você sente que não é tão competente quanto as outras pessoas acreditam? Que a qualquer momento alguém vai descobrir que você é uma fraude? Então, deixa eu te contar um segredo: essa sensação é mais comum do que você imagina e tem até um nome: síndrome da impostora.

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A síndrome da impostora é uma desordem psicológica que, embora não seja classificada como doença mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é amplamente estudada. Trata-se do sentimento persistente de inadequação, da crença de que você não merece o sucesso que alcançou e do medo constante de ser descoberto como uma fraude.

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Surpreendentemente, muitas pessoas bem-sucedidas experimentam essa sensação, mesmo quando são vistas pelos outros como talentosas e capazes. A origem da síndrome da impostora está diretamente ligada às ideias construídas pelo patriarcado em relação à mulher. Desde Kate Winslet e Michelle Obama até eu e você, essa síndrome é mais prevalente em mulheres, o que não é uma coincidência.

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Na sociedade, essa síndrome é alimentada pelos estereótipos de gênero perpetuados pelo machismo, que rebaixam a figura feminina e desvalorizam suas habilidades e competências. Assim, a cultura patriarcal frequentemente questiona as realizações das mulheres, reforçando ainda mais o impacto psicológico do machismo.

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Essa situação não é culpa sua, nem de ninguém. É resultado de uma estrutura que foi criada para colocar todas as mulheres no mesmo lugar. Cada vez que tentamos nos libertar dessas expectativas restritivas, surge a insegurança. Mesmo quando tentamos equilibrar novas formas de viver com as estruturas tradicionais, somos assombradas pela culpa, dúvidas e autossabotagem, que dificultam nosso progresso rumo ao sucesso.

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Embora seja saudável realizar uma avaliação crítica e honesta de si mesmo, quando essa “avaliação” nos paralisa, atrapalha nossos planos ou impede nosso crescimento, trata-se de pura sabotagem. Essa síndrome pode ter consequências mais sérias do que imaginamos.

Uma dica importante para combater a síndrome do impostor é compartilhar seus sentimentos com pessoas de confiança. Ao expressar suas inseguranças, você perceberá que não está sozinho(a) e que muitas outras pessoas também enfrentam esses pensamentos. O apoio e a compreensão de pessoas próximas podem ajudar a superar essa sensação e a enxergar-se de forma mais realista.

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Além disso, é essencial praticar a autocompaixão. Trate-se com gentileza e compreensão. Reconheça que ninguém é perfeito e que é normal ter momentos de dúvida e insegurança. Permita-se cometer erros e aprender com eles, sabendo que faz parte do processo de crescimento.

Lembre-se também de celebrar suas conquistas, por menores que possam parecer. Anote seus sucessos, reconheça suas habilidades e lembre-se de que você é capaz de superar os desafios que surgirem em seu caminho.


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