As ondas humanas do Norte da África e Oriente Médio tentando entrar na Europa, no maior fenômeno migratório desde a Segunda Guerra Mundial, formam um problema que aparentemente não tem solução. Porque, abrigando esta onda, mais adiante virá outra. E assim sucessivamente. Sem contar que grande parte destas pessoas vai passar boa temporada em campos de refugiados.

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O que move estas ondas migratórias? Pobreza, violência e miséria na África; guerras étnicas e religiosas no Oriente Médio; conflitos ideológicos na Ucrânia; e assim por diante. Até o Brasil que perto destes países em conflito é um paraíso protagoniza um fenômeno análogo, envolvendo o pessoal endinheirado.

Sem contar os que já foram para Miami, tem mulheres brasileiras que estão parindo seus filhos nos Estados Unidos para lhes garantir cidadania americana. Os Estados Unidos, assim como a Europa, são os pontos de atração. Mexicanos, cubanos, colombianos e outros procuram a terra de Tio Sam, terra das oportunidades.

O mais curioso é que o Brasil que não está bem para milhares de brasileiros é por sua vez procurado por haitianos, bolivianos, entre outros, porque aqui encontram melhores condições de trabalho e sobrevivência que em seus países. É um verdadeiro samba do crioulo doido. Todo mundo está querendo cair fora de seu país.

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E quem se ferra com isso são os americanos e europeus porque não querem estes imigrantes e como eles forçam a barra têm que aceitá-los. E não podem correr para lugar nenhum. Afinal de contas, Marte ainda não está em condições de receber ninguém. E tem gente que profetiza que neste ritmo em cinquenta anos a Europa será islâmica. O que não chega a ser grande novidade, porque a peninsula ibérica e a Constantinopla já o foram no passado.

Isto lembra um seriado de minha infância, nos anos 60. Nacional Kid, que só fez sucesso no Brasil. Havia uma expressão pronunciada por um imperador do reino abissal, um sujeito chamado Nelkon, dentro de um submarino-monstro chamado Guilton. Toda vez que o submarino balançava as barbatanas, provocava maremoto. E Nelkon dizia: “Celacanto provoca maremoto”.

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Celacantos seria um povo das profundezas do oceano, revoltado com os homens que jogavam lixo radioativo e poluiam os oceanos. Os celacantos atuais vêm das bordas do Ocidente. Só que desta vez nem Nacional Kid resolve a situação. Aliás, por ser japonês ele até poderia dizer que não tem nada com isso.