A matéria é da repórter Elizabete Castro, na edição de sábado de O Estado: “O presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, pediu ao prefeito de Curitiba, Beto Richa, e ao senador Alvaro Dias, que cheguem a um acordo sobre a decisão de prorrogar ou não o mandato da atual executiva estadual. O atual presidente do partido no Estado, o deputado estadual Valdir Rossoni, disse que Guerra ficou de decidir na próxima semana se estende os mandatos por mais dois anos ou se convoca convenção e troca a direção estadual em outubro. (…) Como no Paraná existe uma rivalidade entre dois grupos, o do senador Alvaro Dias e a ala comandada por Rossoni, que está alinhada à candidatura ao governo do prefeito Beto Richa, o diretório nacional sabe que está mexendo em casa de marimbondos”.
É natural que a posição de Rossoni, que deve ficar no comando do partido, seja contestada por quem não defende a candidatura de Beto Richa, como o senador Alvaro Dias. Mas se os tucanos não se acertarem, fica difícil até para coordenar uma política de alianças para a eleição do ano que vem.
E, para todos no PSDB, o mais importante é a vitória nas urnas – tanto nacionalmente, com uma vitória do governador de São Paulo José Serra na disputa presidencial, quanto no Paraná, com Beto ou com Alvaro. É importante lembrar que seria o primeiro triunfo “puro-sangue” dos tucanos no Estado, já que o partido nunca elegeu um governador.
Seja quem for o candidato, ele sai como um dos favoritos, quando não o principal favorito à vitória. Beto Richa surge como nome mais encorpado, por conta da consagradora reeleição na prefeitura de Curitiba. Alvaro, por sua experiência e pelo fato de já ter governado o Paraná, é um nome que não pode ser descartado. Mas todos no partido sabem que a decisão tem que partir para o nome mais forte no momento.
Está muito claro o caminho de uma vitória tucana na eleição de 2010. Mas ela depende, e muito, de um entendimento interno, que começa agora e só terminará em outubro do ano que vem.
