Os problemas do trânsito curitibano vão muito além de pontos de travessia de pedestres. A discussão do momento é a pintura, ou não, de faixas com efeito tridimensional. A tática já é usada com sucesso em países como Islândia, Índia e China. De novo, olha aí a nossa cidade, que já foi referência mundial em mobilidade urbana, copiando outras.
Isso é o que mais incomoda. A falta de soluções originais e inovadoras dói. A capacidade que Curitiba sempre teve de se reinventar ficou pelo tempo. E merece ser redescoberta.
Nossa cidade está realmente sofrendo pra dar vasão a todos que querem ir e vir. Seja de carro, ônibus ou, como podemos ver, até mesmo a pé. Por isso a discussão e sugestão das novas faixas 3D.
Será que elas teriam o poder de fazer os pedestres atravessarem por cima dela? Quem sabe elas conquistem mais respeito dos motoristas que a sua versão em duas dimensões.
Viu? De nada adianta pintar em 3D, cor reluzente ou instalar luzes se o danado do pedestre não cumprir a sua parte do acordo, que é atravessar ruas e avenidas nos locais corretos.
Cabe à prefeitura, também, atualizar seus estudos sobre os melhores pontos de travessia, pois muitas vezes o cidadão não encontra boa opção ou sinalização próxima pra chegar ao outro lado da rua.
Ônibus
Mais pessoas caminhando pelas calçadas, seguramente, significam mais usuários do transporte coletivo. Que também está parado no tempo. Tivemos na semana que passou a boa notícia do acordo entre poder público e empresários do setor. O resultado imediato é a renovação da frota, necessária e agora tratada como possível.
O prefeito Rafael Greca já acena com a aquisição de 150 novos ônibus somente em 2018. Até 2020 serão, no total, 450 novos carros. É a promessa. O termo assinado coloca fim a 23 ações judiciais das empresas permissionárias contra a URBS, que se arrastavam nos últimos quatro anos, sob a justificativa de desiquilíbrio financeiro dos contratos.
O mais positivo, entretanto, é a retomada do diálogo. Isso permite que iniciativa privada e prefeitura voltem a mirar no futuro, em parceria, buscando o bem comum e a melhoria dos serviços prestados ao cidadão curitibano.
Só assim a capital dos paranaenses retomará a vanguarda nas soluções urbanas. Com ou sem pinturas tridimensionais.