“A gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, já causou 107 mortes no Paraná. Desde a sexta-feira passada foram registrados 28 novos óbitos por causa da doença. (…) Apesar de os números da doença não estarem em curva descendente no Paraná, as aulas das escolas públicas e particulares foram retomadas ontem em boa parte dos municípios. Em Curitiba, constatou-se que os cuidados para evitar a transmissão do vírus H1N1 foram reforçados. Nas salas de aula, corredores e banheiros, produtos como álcool gel e sabonete líquido tornaram-se quase tão comuns quanto giz e apagador. Abraços e beijos também foram evitados e, quando possível, aulas acabaram ministradas ao ar livre”.
A matéria das repórteres Cíntia Vegas e Luciana Cristo, destaque principal da edição de ontem de O Estado, revela os dois sentimentos que tomam conta da população neste momento. De um lado, o medo, o pavor de ser infectado com o vírus H1N1, o causador da gripe suína. De outro, a necessidade que todos têm de tocar a vida em frente, pois não há nada mais a fazer se não continuar vivendo.
Continuamos atormentados com o número de infectados e de óbitos por conta da gripe suína. O Paraná tem, como também apontou a matéria de ontem, mais de um quarto das mortes associadas à doença em todo o Brasil. A situação, somada à virada do clima em boa parte do Estado (passou o período de sol, uma espécie de “veranico” de agosto, e voltamos ao frio costumeiro do final do inverno), traz preocupação às famílias, que tomam todos os cuidados possíveis para evitar o contágio.
Mas, os cuidados andam junto com o dia-a-dia agitado das grandes cidades, onde foram registrados mais casos da enfermidade. Crianças e adolescentes voltaram a estudar. Com eles, chegaram centenas de dispensadores de álcool gel, e professores orientados a encaminhar os alunos para os locais onde estão os aparelhos sempre que necessário. E a vida segue, com aulas até o final de dezembro e a torcida para que os casos da gripe suína entrem, enfim, em curva descendente.
