Esta é a última semana pra que você decida em quem vai votar para presidente. As pesquisas mostram que um percentual grande de eleitores já decidiu. E Bolsonaro, se nada mudar, será o novo comandante do Brasil. Gostem ou não, se vencer, o capitão da reserva terá a missão de recolocar o país nos trilhos.
Jair divide opiniões. É o típico caso de ame ou odeie. Tem um imenso time de seguidores que brigam por ele. O defendem sob fogo cruzado. Concordam que o Brasil necessita passar por um choque. E certamente precisa. Do outro lado há os que o abominam. O consideram uma ameaça mundial. Nem ao céu, nem à terra.
Haddad, que endureceu o discurso nos últimos dias e tem se apegado a tudo o que pode pra enfrentar o líder das pesquisas, paga o preço de pertencer ao PT, e tudo o que ele representa de negativo pra quem está do outro lado. O mesmo Lula que o ajudou a ir pro segundo turno hoje serve de peso nas penas, impedindo que ele chegue mais perto da briga pela vitória.
Pessoal
Não se trata mais de ideologia. Opiniões apaixonadas tomaram o lugar da lógica. E isso é muito ruim. Eleito, Bolsonaro terá que governar pra todos, sem qualquer deslize, especialmente no campo moral e de rígido controle contra a corrupção. Vai ter que usar esse jeitão bruto dele em proveito próprio.
Difícil acreditar na tragédia anunciada pela esquerda. Bolsonaro representa a essência de boa parte dos brasileiros. Muitos do que o criticam têm, no íntimo, posturas parecidas. Agem igual, inclusive. É claro que, se eleito, Jair terá que se esforçar pra medir palavras. Ou será atropelado dia-a-dia por manchetes nos jornais. Controlar a própria língua pode ser seu maior desafio. Do seu vice, general Mourão, idem.
Fernando Haddad não acredita e está apostando nessa tecla, tentando demonstrar aos eleitores que não pode um destemperado impulsivo ocupar o gabinete principal do Palácio do Planalto. E talvez esteja aí seu grande erro. Será que não é isso mesmo que o povão quer? Um choque!
Escolha com consciência. Pra reclamar, só daqui a quatro anos.