Quando vão parar de brincar com o Congresso Nacional?

Nosso Congresso Nacional continua sendo um ambiente de absoluta promiscuidade social e democrática. Salvo raras exceções, perfila políticos que, no fundo, não têm qualquer compromisso com o país, muito menos com as pessoas que votaram e garantiram seus mandatos.

Como se o Brasil não tivesse pautas urgentes, demandas prementes de evolução estrutural básica, desenvolvimento educacional e econômico, deputados e senadores afrontam nossa dignidade ao desempenharem mandatos que não conversam com tudo isso.

Que tristeza acompanhar o interesse dos nobres parlamentares na discussão e aprovação das novas regras para uso de recursos dos fundos eleitoral e partidário. Dinheiro arrecadado do povo, que não aguenta mais pagar impostos, que deveria retornar em benefícios aos cidadãos, mas que dentro do que se aprovou poderia bancar até mesmo a defesa de políticos e partidos acusados de crimes eleitorais

Enquanto o debate sobre a Reforma Tributária engatinha, perde- -se tempo tentando requentar a pauta de esquerda com a intenção furada de criar a CPI da Lava Jato. Deputados do PT, PCdoB, Psol, PSB e PDT sonham armar um circo pra “investigar” violações dos princípios constitucionais e do Estado Democrático de Direito.

Em vez de destravar, entender, aprimorar e aprovar o pacote anticrime encaminhado ao parlamento pelo ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, derrapam no intento vingativo de levantar uma comissão pra investigar o Poder Judiciário. Seria a CPI da Lava Toga. Mira exclusiva no Supremo Tribunal Federal, diga-se.

São três exemplos claros de temas importantes abandonados. Interesses espúrios devem ser deixados de lado. Revanchismos idem. Uma pauta positiva, ágil, e que reflita verdadeiramente as aflições cidadãs precisa ser pilotada. O povo vive essa esperança desde as últimas eleições. Houve troca de presidente e renovação grande nas duas casas do parlamento, com uma reviravolta ideológica que quase varreu o lado que havia dado as cartas nas últimas duas décadas.

Mas este primeiro ano de direita não está terminando tão direito assim. Há tempo e, principalmente, ainda sobra esperança. É só essa turma que ganha poder a cada quatro anos parar de brincar.

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