“Menos da metade dos nascimentos de bebês ocorridos no Paraná nos últimos anos foram de mães com idade até 24 anos, ao contrário da maioria dos outros estados brasileiros. No Maranhão, por exemplo, a proporção de nascimentos de mães com idade até 24 anos, em 2006, foi de 66,2%. Pela primeira vez, o Brasil registrou redução da fecundidade entre mulheres de 15 a 19 anos. O País registra também redução no número de filhos. Na última estimativa, de 2006, a média era de menos de dois filhos para cada mãe brasileira. O número de nascimentos no País caiu de 3,2 milhões, em 2000, para 2,9 milhões, em 2006. A queda foi mais acentuada nas regiões Sul e Sudeste. Os dados fazem parte do estudo Indicadores Sociodemográficos e de Saúde, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”.

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A matéria da repórter Luciana Cristo, destaque na edição de quinta-feira de O Estado, mostra uma nova realidade. É a nova mentalidade do jovem brasileiro, que, melhor informado, começa a ter atitudes mais responsáveis.

É uma notícia positiva, principalmente os dados referentes ao Paraná. Por mais que tenhamos garotos e garotas na faixa dos 20 anos com preparo às vezes superior ao dos pais, constituir família cedo pode ser uma decisão extemporânea e perigosa. Conceber uma criança implica em uma série de responsabilidades que, às vezes, não são lembradas pelos casais, que só pensam no lado bonito da história.

Daí a precaução, a luta pelo uso de métodos contraceptivos, tão alardeada pelos médicos e veiculada incessantemente pela mídia. E, pela primeira vez, o Brasil fechou um ano (2006) com redução de fecundidade em adolescentes entre 15 e 19 anos. É um fato diretamente ligado ao aumento da informação nos postos de saúde, na televisão, na internet e nas escolas.

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O uso dos contraceptivos, além de evitar filhos indesejados, também pode evitar doenças sexualmente transmissíveis. Só isso já seria importante para os jovens. Mas a possibilidade de amadurecer sem riscos e “acidentes de percurso” precisa, sempre, ser levada em consideração.