O ano começou – considerando que isso aconteceu depois do Carnaval – com algumas boas notícias. Verdadeiramente boas. Nosso PIB, número que serve para demonstrar a riqueza país, fechou positivo depois de dois anos de recessão. Pouco, 1%, mas pelo menos o Brasil voltou a crescer.
O informe é ainda mais relevante quando se analisa o resultado do último trimestre de 2017, 2,1% maior que o mesmo período do ano anterior. Isso demonstra clara aceleração da atividade econômica.
A agropecuária continua liderando os índices, com 13% de variação positiva em 2017. Temos a construção civil com 5% e a produção industrial com 2,7% de expansão, entre os destaques. Tudo isso reflete num ainda pequeno, mas perceptível, aumento no setor de consumo.
Os números não são ainda mais agradáveis porque ao governo falta fazer melhor a lição de casa. Os gastos da máquina pública recuaram apenas 0,6% no ano. Muito pouco. Há espaço pra muito mais. Sem contar os insistentes escândalos na esfera política, que resultam em total descrédito por parte dos cidadãos.
Mão na massa
A outra boa nova é daquelas que povão teima acreditar. Segundo dados do Ministério do Trabalho, o Brasil criou 77,8 mil novos postos de trabalho formal no primeiro mês desde ano. É o melhor resultado desde janeiro de 2012. Aqui no Paraná foram 11,6 mil novas vagas.
Levando-se em conta possibilidades não formais de trabalho, facilitadas após a reforma trabalhista, e a tendência pelo empreendedorismo de uma grande leva de jovens, é possível dizer que, sim, o momento é de relativa confiança.
Uma pena que o governo decidiu escantear reformas importantíssimas para lidar com a intervenção na segurança no Rio de Janeiro. Muito mais porque não tinha votos para aprová-las, do que o real interesse em resolver a bagunça carioca.
Pautas como as reformas previdenciária e tributária precisam, urgentemente, reaparecer no radar político. Só assim a retomada do crescimento tem chance de se tornar sustentável, deixando de ser uma breve esperança.