Os bandidos venceram

A mensagem foi clara, lúcida, desolada. Recebemos de um dos comerciantes mais tradicionais da cidade, no seu ramo de atuação. “…Acabou. Levaram tudo, não sobrou uma chave de fenda. Enfim… RC3 the end!”

O simbolismo do recado escancara a situação triste de insegurança que vivemos na nossa sociedade. Tratamos aqui da RC3, empresa que construiu sua fama com bons serviços prestados aos proprietários de veículos de Curitiba.

Foi a primeira a aplicar tecnologias modernas no polimento e tratamento estético de automóveis. Tornou-se referência. Muito trabalho, dedicação e investimento envolvidos. Perderam para o bandidismo.

Foi o quarto assalto somente este ano. Fora outros em tempos passados. No início de fevereiro a Tribuna esteve na Rua Dr. Faivre, atendendo a um chamado de vários comerciantes. Outro empresário, dono de uma loja de móveis e papelaria, nos disse à época também ter sido vítima por três vezes em curto espaço de tempo.

“Desde o começo de janeiro até agora, nós fomos furtados três vezes. Levaram televisão, bicicleta, aparelhos para limpeza, quebraram os vidros, levaram vários computadores. Eles quebram tudo, acabam vandalizando a loja, e levando tudo o que é possível. Eu notei que, de fato, a maioria dos comerciantes está passando por isso”, informou o proprietário.

Defesa

Não levantamos a bandeira em função da RC3, ou exclusivamente por causa dos acontecimentos na Rua Dr. Faivre. Nossos carros rodam muitos e muitos quilômetros por mês por toda Curitiba. E colhem inúmeras histórias parecidas de medo e revolta.

O país precisa desses empreendedores para sair do buraco. Mas como mantê-los com coragem e pujança? Como convencer o Rogério, proprietário da RC3, a recomeçar pela quarta vez em três meses?

O poder público deve uma rápida resposta e ele. Aos aflitos da Dr. Faivre. Às muitas vítimas da marginalidade espalhadas por toda Curitiba.

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