Segunda-feira, o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, esteve na Assembleia Legislativa do Paraná. Falou por mais de duas horas com os deputados, explicando e detalhando as ações oficiais para conter o avanço da gripe A, que é transmitida pelo vírus H1N1 e é chamada popularmente de gripe suína.

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O resumo está na matéria da repórter Elizabete Castro, na edição de ontem de O Estado: “Gilberto Martin disse que, neste momento, não há necessidade de adoção de medidas drásticas, como o fechamento do comércio, para conter a epidemia. Mas também deixou claro aos deputados que a população terá que ser e estar preparada para “conviver’ com o novo vírus até a chegada da vacina, prevista apenas para o inverno do próximo ano. (…) Até lá, e mesmo durante a primavera e verão, a população terá que seguir as orientações dos médicos para se prevenir, afirmou o secretário estadual de Saúde. “O vírus não irá desaparecer. Então, vamos ter que conviver até a vacina’, afirmou”.

O termo utilizado pelo secretário é emblemático -teremos que “conviver’ com a gripe A. É justamente este o enfoque que precisamos ter com a doença. Nós não conseguiremos destruir o vírus H1N1. Ao mesmo tempo em que precisamos nos cuidar, não podemos deixar o medo tomar conta de nosso cotidiano. Precisamos tocar a vida, continuar trabalhando, produzindo e convivendo uns com os outros.

Claro que teremos sustos, conviveremos com pessoas que logo depois estarão infectados. Mas elas serão medicadas, vão se curar e continuarão convivendo normalmente. E não serão transformadas em escória da sociedade. E assim seguirá a vida. Até chegar a vacina e a gripe suína ser igual a tantas outras doenças.

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Pena que o secretário demorou tanto a falar com esta segurança e para todos os paranaenses. Tanto quanto orientações de como devemos nos portar, precisamos de manifestações que acalmem a sociedade. O silêncio das autoridades só aumenta a tensão. É hora de muita calma e de muita ação. A ação depende de todos nós. A calma vem da atitude serena e decidida dos responsáveis pela saúde no Paraná.