Incrível como as pessoas se incomodam, sempre que surge notícia que a fiscalização das infrações de trânsito vai aumentar. Se as leis existem pra serem cumpridas, e no caso do trânsito se justificam no suposto aumento da segurança, qual o problema? Se você respeita os limites impostos, pouco importa o número de radares ou agentes de trânsito bisbilhotando.
A novidade é a liberação dos Guardas Municipais, que em 2018 passam a também carregar bloquinho de multas. Juntam-se a policiais militares, agentes da Setran e à centena de olhos eletrônicos.
De novo a provocação: qual o problema? Nos conteúdos que publicamos sobre o assunto, a maioria dos comentários trata o assunto com desdém e revolta. No limbo da internet, a indústria da multa é pontuada como problema central, em detrimento das obrigações legais.
Multa
Já está mais do que provado que a melhor maneira de fazer o brasileiro compreender a diferença entre o certo e o errado é mexendo no bolso. Campanha educativa até alerta, mas se não demonstrar claramente que o respeito a determinada norma é imperativo, não funciona.
Já entre os entrevistados, que conversaram tête-à-tête com nossa repórter, as opiniões foram mais positivas. Espera-se uma melhora no trânsito com os motoristas mais arredios sendo doutrinados pelo bolso.
Curitiba já teve inúmeras polêmicas recentes. Uma delas foi a área calma. Política inclusiva, de mais respeito ao ciclista. Trechos de ruas com velocidade limitada a 30 ou 40 km/h. Há também a lombada elevada de travessia, onde pedestres têm 100% de preferência. Ações que inegavelmente somaram resultados positivos.
Há que se respeitar os mais fracos nessa cadeia. Quem anda a pé ou de bicicleta deveria ter sempre preferência, independente de uma faixa pintada no chão. É assim em país desenvolvido. Que seja assim aqui também. Um dia!