O Brasil foi varrido por boatos dos mais variados no final de semana. Autoridades de educação corriam atrás de notícias que confirmassem uma possível decretação de estado de calamidade pública no Paraná. Pessoas corriam aos supermercados para comprar mantimentos que durassem o tempo de um possível fechamento de todo o comércio. Times de futebol iniciavam um plano de emergência para uma possível interrupção do campeonato brasileiro. Empresários faziam as contas de uma possível paralisação geral por conta dos efeitos da gripe A, transmitida pelo vírus H1N1 e apelidada de gripe suína.

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Hipóteses que alarmaram a nação em apenas três dias. E só terão fim com uma manifestação clara das autoridades. Neste momento, já não se exige mais que o ministro da Saúde venha a público – como, por sinal, vem fazendo com correção neste período de pânico generalizado. É a hora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva parar de conversar com os senadores Fernando Collor e José Sarney e falar com a nação.

Os brasileiros estão desesperados. A paranoia da gripe suína atingiu o País de uma forma que qualquer informação é contestada. Muitos comentam que a verdade está escondida, que há muito mais casos que o que vem sendo divulgado pelas autoridades sanitárias e pela imprensa. Que o aumento no número de infectados seria escondido para não aumentar a preocupação, como se já não houvesse temor suficiente.

É a hora da verdade. De mostrar os dados, de acabar com as dúvidas, de segurar a onda de informações desencontradas. Não é possível que o Brasil passe pela angústia que passa neste momento.

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Ou, caso contrário, é hora de medidas rápidas, drásticas e profundas. O desespero geral só passou no México com duas semanas de paralisação de todas as atividades – nem beijo na novela era permitido. A atitude dos “hermanos” foi chacota por aqui, mas agora já é considerada interessante por alguns.

O que não podemos é viver nesta indefinição. Os brasileiros de todas as idades, todas as classes, todos os credos e todas as raças estão precisando da posição clara do presidente da República.

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