Jair Bolsonaro não está eleito, como estão dizendo por aí. Mas, seguramente, aumentou a vantagem sobre a concorrência depois do atentado da semana passada. Quem imaginou o contrário verá o tiro errar o alvo. Seja o autor, preso no ato, ou alguém por trás dele.
O povo brasileiro gosta de ondas. Age embalado por tendências. O candidato do PSL é uma delas. Lula, outra. São as duas grandes. Como a do PT foi barrada pela justiça, seguindo preceitos legais, restou a de Bolsonaro. Mas, nas últimas semanas, mesmo após o Tribunal Superior Eleitoral vetar Luiz Inácio, o capitão parecia estagnado. A ponto de, em recente pesquisa do Ibope, surgir em condição nada boa, perdendo no segundo turno para três dos principais adversários, Marina, Alckmin e Ciro, e empatando tecnicamente com Haddad, o ungido por Lula.
Isso antes da facada. Em praça pública, horário comercial, ato de campanha registrado por centenas de lentes. Bolsonaro tombou, saiu carregado, e, da UTI, viu seu nome explodir nos noticiários e nas mídias sociais.
Repercussão
Todos os demais candidatos se obrigaram a tratar do assunto, repelindo com força o ato. Enquanto isso, Adélio Bispo de Oliveira, o algoz, era defendido por quatro advogados de alto colarinho: Zanone Manuel de Oliveira Júnior, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa, Fernando Costa Oliveira Magalhães e Marcelo Manoel da Costa. O papo de que estariam sendo bancados por integrantes da mesma igreja de Adélio não colou, levantando ainda mais teorias. É, no mínimo, estranho. Jair Bolsonaro tem sim a língua frouxa, mas nada justifica o atentado. Que deve ser investigado detalhadamente pra que caiam todos os envolvidos.
Mas que, neste caso, quem se deu melhor foi a vítima, não se discute. As próximas pesquisas vão medir esta febre. Até o tom das críticas deve se alterar. Quem terá coragem de atirar no capitão agora? E que efeito isso teria? A facada saiu pela culatra.
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