Para muitos, o ano novo virá com esperanças de paz. De uma recuperação democrática na América Latina, do fim das ditaduras bolivarianas. Do recrudescimento dos conflitos no Oriente Médio, com árabes e judeus aprendendo a conviver em harmonia. Do início da retirada das tropas norte-americanas do Iraque e do Afeganistão, com eleições livres e plenitude de manifestação política na região. Do fim da sanha armamentista do Irã e da Coreia do Norte.

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Para muitos, o ano novo virá com esperanças de segurança. Torcendo para que as pessoas de bem possam andar sem medo nas ruas, e que a polícia volte a ganhar o respeito que sempre mereceu da sociedade. Imaginando que os maus elementos sejam identificados, que sejam presos e cumpram a pena pelos crimes que cometerem, sejam pobres ou ricos, remediados ou banqueiros, pacientes ou médicos. E que os que promovem a desordem não sejam esquecidos, para que não levem tristeza novamente aos lares de nossas cidades.

Para muitos, o ano novo virá com esperanças de crescimento. Com a força da economia brasileira, que passou com louvor pela crise financeira internacional e respira novos ares. Com os investimentos que virão por conta da realização da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016 no Brasil. Com uma nova onda positiva que permite a todos nós acreditarmos que, enfim, teremos o chamado crescimento sustentável, que fará do Brasil passar de ser a nação do “quase” para ser o real “país do futuro”.

Para muitos, o ano novo virá com esperanças de gols. Gols que podem vir dos pés de Kaká, de Robinho, de Nilmar e de Luís Fabiano. E, por que não, dos pés de Adriano, Ronaldinho e Ronaldo, craques que, se estiverem em forma, certamente vão disputar a Copa do Mundo na África do Sul. Vamos parar tudo em junho e julho, como sempre fazemos de quatro em quatro anos, e vamos torcer muito pela seleção brasileira, o representante mais visível do que se costuma chamar de “sentimento nacional”. E, a rigor, não precisam ser muitos gols, podem ser sete – apenas um por jogo se Júlio César não levar nenhum em cada partida da Copa.

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Para muitos, o ano novo virá com esperanças de solidariedade. Exemplos que vivemos nos últimos anos fazem com que todos nós acreditemos na solidariedade dos brasileiros. É comovente acompanhar o que pessoas comuns fazem em nome da alegria dos mais necessitados. O Natal dos pobres pode ser estendido, para alegrar os que mais precisam. E não só em datas especiais, mas também naqueles dias em que nada se espera, apenas a esperança de dias melhores.

Para muitos, o ano novo virá com esperanças de mudança na política. Os últimos escândalos, principalmente o do governo do Distrito Federal, deixaram uma marca profunda na classe política. Mais que nunca será preciso mostrar, neste 2010 de eleições quase gerais (serão eleitos presidente da República, governadores, dois terços do Senado, toda a Câmara dos Deputados e as assembleias legislativas), que a honestidade e o respeito às normas éticas do poder público sejam pauta para quem quiser ocupar cargos de tanta magnitude. É o mínimo que esperamos dos que serão eleitos no dia 3 de outubro de 2010. Seria um triunfo e tanto da nossa cidadania.

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Para todos nós, o ano novo virá com muitas esperanças. De paz, segurança, crescimento econômico, saúde, educação, gols na Copa do Mundo e de mudança na política. E de tantas outras coisas que não cabem neste texto. Quem sabe, de tudo isso junto, para que os brasileiros tenham um 2010 maravilhoso. Mas que o ano que chega amanhã traga o mínimo possível para que cada um de nós consiga sorrir a cada manhã que nascer. Para todos nós, sem exceção, um feliz ano novo.