A nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deve ser aprovada nesta quarta-feira, com as polêmicas “questões de gênero”. Segundo a proposta, crianças na faixa de 11 a 14 anos devem saber refletir sobre “experiências corporais pessoais e coletivas desenvolvidas em aula ou vivenciadas em outros contextos, de modo a problematizar as questões de gênero e sexualidade”.
Os gênios brasileiros também acham que, nas aulas de Educação Física, meninos e meninas de 11, 12 anos, devem “problematizar preconceitos e estereótipos de gênero, sociais e étnico-raciais relacionados ao universo das lutas e demais práticas corporais.
Vale lembrar que a BNCC normatiza o conjunto de aprendizagens essenciais que devem ser aplicadas a todos os alunos da Educação Básica. Assim, baliza as propostas pedagógicas de todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, em todo o país.
O documento descreve que a Base, “orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.
Ideia
E aí? Um conjunto de normas com esses objetivos, claros, diga-se de passagem, fica melhor ou pior quando ideologizado irresponsavelmente? Parece óbvio que saber problematizar, aos 11 anos, questões de gênero e sexualidade, em sala de aula, à revelia da educação familiar, não ajuda uma criança a se tornar melhor cidadão.
O problema não é nem contar com a capacidade de análise de um estudante do 6º ano sobre o tema, mas atuar de maneira decisiva pra que ele concorde ou aceite este ou aquele estereótipo ou realidade.
Erra o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, quando diz que não há o que mudar na proposta em discussão, por entender que não trata de ideologia de gênero, mas sim de “respeito a todos”.
Educação básica, ensino fundamental, não é lugar de discutir ideologia. Qualquer que seja. A sociedade brasileira não precisa de mais essa fogueira.