Brasil afora, são raros os estados e municípios com a saúde financeira em dia. Mesmo aqueles que estão funcionando “direitinho”, certamente é a base de muito sacrifício. É tempo de responsabilidade, tanto pra quem tem a caneta quanto pros que protestam por melhorias, seja em serviços, salários ou outros benefícios.

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Não se pode mais aceitar sindicalismo barato, ou aglomerações encapuzadas falando só de direitos. Impossível considerar entes públicos surrupiando o erário, vilipendiando a dignidade humana. Mas as pessoas necessitam entender que conquistas históricas nem sempre são pra sempre. E que direitos são providos por alguém, ou algo. Nossa Constituição é pródiga em garantir coisas. E tudo custa. Muito.

A forma mais fácil de entender é comparar com o que acontece na sua própria casa. A renda familiar define o que será possível comprar, prover, usufruir. Famílias não emitem títulos públicos a perder de vista. Emprestam do banco, pagam juros, perdem bens se não pagarem. E, a cada vitória ou derrota profissional, melhoram ou pioram o padrão de vida. Alguns com algum nível de planejamento.

Com uma prefeitura deveria ser assim. Se tem dinheiro, faz. Se não tem…

Promessas

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Sabe aquele político que promete, constrói obra e deixa a conta pra outro pagar? Quase todos, é verdade. Vale o que acontece dentro do próprio mandato. E o prejuízo vai se avolumando, a cada ciclo eleitoral. Em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o que já foi festa no passado, como reajustes mal calculados a servidores, projetos impagáveis e promessas impossíveis, hoje se transformou numa dura realidade de insolvência fiscal, atraso de salários e dor. Filas de hospitais ferem.

Sim, a roubalheira tempera tudo isso. Também de forma generalizada. Não há santo e a operação lava Jato está aí para provar que não há legenda 100% limpa. Mas um erro não justifica o outro.

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Somos contra a corrupção e os monárquicos benefícios concedidos aos poderes constituídos. Mas defendemos, incondicionalmente, a responsabilidade na gestão pública. O prazer de agora não pode ser a ferida de amanhã.