Contra o cigarro

Nesta semana, a Câmara de Vereadores de Curitiba voltou do recesso parlamentar com um tema e tanto para discutir. O assunto foi tratado na edição de quarta-feira de O Estado pelo repórter Newton Almeida: “A Câmara Municipal de Curitiba aprovou por unanimidade (foram 30 votos a favor e oito abstenções), o projeto de lei de autoria do vereador Tico Kusma (PSB) que proíbe o consumo de cigarros ou produtos similares em recintos de uso coletivo. Se for sancionada pelo prefeito Beto Richa, a lei também deve acabar com os chamados fumódromos. O projeto, no entanto, gera polêmica e deixa descontentes principalmente donos de bares, restaurantes e casas noturnas, já que estão previstas sanções, como multas de R$ 1 mil”.

A discussão não é recente, e também não é simples. De um lado, está o direito individual -cada cidadão tem liberdade para agir como bem entende, desde que (claro) não transgrida a lei. E não há lei que impeça as pessoas de fumar. Mas, de outro, está a saúde. E estão os seguidos relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam os “fumantes passivos”, aqueles que não fumam, mas que ingerem a fumaça vinda dos cigarros alheios, como potenciais vítimas de doenças pulmonares.

Ao mesmo tempo, estão na briga os donos de restaurantes, bares e casas noturnas, como informou a matéria. Estes se preocupam com uma possível queda nos lucros por conta da proibição do fumo. Há lugares em Curitiba (para usar a cidade que é alvo da discussão) onde o cigarro é permitido, sem sequer a instalação de “fumódromos”. São estes empresários que se manifestam contrários ao projeto de lei aprovado na Câmara.

Mas o que precisa ser compreendido pelos fumantes e pelos donos dos restaurantes e afins é que a decisão curitibana nada mais é que o reflexo mundial. Mesmo em Paris, onde o número de fumantes é grande, não se pode mais consumir cigarros em locais fechados. Em São Paulo também é assim. A restrição generalizada é inevitável. Aos que fumam, restam os locais abertos. Ou a opção, bem mais saudável, de largar o vício.

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