Matéria da edição de ontem de O Estado, da repórter Luciana Cristo: “O Paraná teve confirmados ontem, através da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mais 19 óbitos causados pelo vírus influenza A (H1N1), causador da gripe suína, elevando para 59 o número de mortes no Estado. Destas novas vítimas, seis residiam na região de Curitiba, três em Maringá, dois em Toledo, dois em Pato Branco, dois em Cianorte, dois em Cascavel, um em Apucarana e um em Campo Mourão. Isso coloca o Paraná em segundo lugar no número de vítimas da doença, ultrapassando o Rio Grande do Sul (55 casos confirmados) e atrás apenas de São Paulo, com 111 mortes”.
As notícias são péssimas. O avanço da nova gripe é grande, segue preocupando a população e mudando a rotina paranaense. As faculdades adiaram novamente o início das aulas, e agora já se aventa a possibilidade (quase inevitável) de o ano letivo terminar somente em 2010. Escolas seguirão o mesmo roteiro, pois quanto mais o tempo passa, maior fica o pavor da população e a dificuldade das autoridades em manter a tranquilidade. Em Cascavel, cidade que impôs máscaras até em jogos de futebol, cinemas e casas noturnas foram fechadas por tempo indeterminado. Outras localidades também estudam medidas semelhantes, para tentar evitar o contágio.
E por mais que se ressalte que a situação era esperada, que os cuidados básicos resolvem o problema, não há o que se fazer. A população está desesperada, temendo qualquer espirro que seja ouvido a quilômetros de distância. A prova deste desespero está no fim do estoque de álcool gel em Curitiba – houve reposição, mas com preços altos, que por incrível que pareça vão afetar a inflação. Mas como impedir que isto aconteça, mesmo que o simples ato de lavar as mãos já resolva o assunto?
Vivemos um período tenso e de expectativa. É o momento de as autoridades sanitárias do Paraná entrarem em campo com outro enfoque – o de ressaltar que atos corriqueiros podem afastar as pessoas do vírus influenza A. Assim, quem sabe as boas notícias comecem a suplantar as más a partir de agora.
