“O Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) aprovou com ressalvas as contas do governo do Estado, relativas ao exercício de 2008. O relator Caio Márcio Nogueira Soares propôs para votação em plenário a aprovação das contas, mas com ressalvas, recomendações e determinações. A proposta sofreu medidas corretivas em oito pontos, relativos à ParanáPrevidência, Secretaria de Estado da Comunicação Social, controle interno e envio de documentos, dentre outros”.

continua após a publicidade

Muitos analistas falam que não há novidade nas prestações de contas do governo estadual. Que todo ano, e do mesmo jeito, elas são aprovadas com ressalvas – seja o governador mais ligado à direita ou à esquerda (ou ao centro). Mas o que todos precisam analisar é que tipo de ressalva é feita. Onde estão os deslizes apontados, onde é necessário melhorar, onde a avaliação supera a simples indicação e passa a quase obrigação.

Neste aspecto, cabe ressaltar outro trecho da matéria dos repórteres Joyce Carvalho e Leonardo Coleto, na edição de ontem de O Estado: “Dois assuntos chamaram a atenção dos conselheiros: ParanáPrevidência e o controle interno”. Aí estão dois temas que precisam ser analisados a fundo, e é isto que o Tribunal de Contas permite que façamos – discutir assuntos que dizem muito respeito ao povo paranaense.

De um lado, a ParanáPrevidência está com um rombo. E dos grandes. E que pode acabar prejudicando quem tanto contribui com parte de seus vencimentos. E, pelo que apontou o TCE-PR, a entidade terá que rever seus conceitos para voltar a o azul.

continua após a publicidade

Mas o controle interno é a prioridade. Ou deveria ser. “O responsável pelo controle interno informou que não tinha condições de apresentar dados a este tribunal. O controle interno vai ajudar para que as falhas não continuem”, disse o conselheiro Heinz Herwig. Falhas que poderiam ter sido corrigidas antes de os dados chegarem ao Tribunal, falhas que sequer existiram se o governo se preocupasse com isso. Espera-se que o alerta do TCE-PR chegue ao Executivo, que no entanto parece pouco preocupado com o assunto.