A violência generalizada

“Todos os dias um posto de combustível sofre com algum tipo de assalto em Curitiba.

A falta de segurança faz com que menos de 50% desses estabelecimentos comerciais permaneçam abertos depois das 22h. A estimativa, do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR), é apenas um exemplo de como abordagens criminosas ao comércio da cidade são responsáveis pelo fechamento de locais que poderiam continuar abertos no
período da noite”.

Assim começa a matéria da repórter Luciana Cristo, a principal da edição de domingo de O Estado. Mostra como os comerciantes curitibanos sofrem com a falta de segurança pública. Eles, representando a totalidade da população da capital do Paraná, sentem a cada dia o risco de todo um trabalho – às vezes, de uma vida – podem ir embora por conta da ação de marginais. E que, por mais que se espere e se peça, pouco será feito pelas autoridades de segurança.

Corre mais risco quem tem dinheiro em espécie. Geralmente, em cédulas menores. São os postos de combustível, as floriculturas, as farmácias. São as lotéricas, as lanchonetes, as bancas de revistas. Teriam, em tese, mais problemas durante a noite. Mas são alvos constantes dos assaltantes em todas as horas do dia. Estes, como se tivessem salvo-conduto, praticam crimes e saem como se nada tivesse acontecido.

Bem, e a polícia? Esta, sem o preparo devido e sem uma coordenação definida, vira refém dos marginais. Mas se muitos consideram que o problema está na base da segurança, enganam-se. A crise da segurança pública no Paraná está no comando, na falta de liderança dos comandantes, que não conseguem suplantar o estilo do governador do Estado, que não aceita qualquer crítica, afirmando que é atitude da “imprensa canalha”.

Pois bem: no momento em que podia mostrar avanços na área (se houvesse), a Secretaria da Segurança Pública, que adora proteger os amigos e esquece da população, fica calada. Não responde, não mostra números, não diz nada. E também não age para cuidar dos cidadãos que sofrem na mão dos bandidos.

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