Vitiligo: a doença que prejudica a autoestima

O vitiligo é uma doença caracterizada pela despigmentação da pele. São manchas acrômicas – brancas, totalmente sem cor -que podem atingir apenas um segmento do corpo ou a pele toda. Pode-se dizer que é uma doença benigna, já que não causa dor nem é contagiosa.
A pele é o maior órgão do corpo humano. Fica extremamente exposta e é um instrumento de comunicação, por isso, a maioria dos pacientes procura o médico pelo transtorno estético ocasionado. Por existir muito preconceito, no seu tratamento, é preciso envolver profissionais que trabalhem a questão psicológica pois o paciente tende a ficar tímido, introspectivo e até depressivo.

Não é possível prevenir ou afirmar a causa do vitiligo. Existem teorias que ajudam a explicar. A mais aceita é a teoria imunológica, que assinala por meio de um erro do organismo ao produzir anticorpos para combater doenças imunológicas (diabetes, lúpus, esclerose múltipla e hipertireoidismo, entre outras), são criados anticorpos antimelanócitos, destruindo células que produzem o pigmento cutâneo – a melanina.

Outra questão é a base genética, pois é comum encontrar casos na mesma família. Não é necessariamente hereditário, todavia, 30% das pessoas que sofrem da doença têm casos de ocorrência familiar.

Em uma pele muito clara, a mancha acrômica pode passar despercebida. Quando a pessoa toma sol e fica com a pele bronzeada, a área branca é revelada. É comum após o verão, os pacientes acreditarem que pegaram uma micose, mas é apenas uma mancha que já existia. Também, se a pessoa se queima demais, em exposição ao sol ou com fogo, a região afetada pode apresentar posteriormente sinais de vitiligo.

É possível identificar a doença por ela ser simétrica. Caso apareça uma mancha no punho direito, irá observar a mesma no punho do lado esquerdo. As áreas mais atingidas são tornozelos, joelhos, pálpebras, em torno dos lábios e região genital.

Um caso de vitiligo bastante conhecido foi o do cantor pop Michael Jackson. A dermatologia pode entender que o astro sofria da doença e, devido a pele escura, o contraste ficava evidente. Por ser um artista que vivia da imagem, o cantor optou por submeter-se a um tratamento indicado em casos mais graves.

As áreas restantes de epiderme normal são despigmentadas para ficarem brancas, de forma homogênea. A partir do momento em que é feito um tratamento deste grau, o paciente fica totalmente suscetível a queimaduras, podendo aumentar ou desencadear novas lesões. As imagens de Michael Jackson após a mudança de cor de pigmentação eram sempre se protegendo dos raios ultravioletas, com chapéu, máscara e óculos.

Existem também tratamentos para pacientes com lesões menores. Podem ser feitos com o uso de antiinflamatórios, como corticóides, por meio de minienxertos ou de fototerapia.

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