O melanoma é o mais agressivo e mortal dos tumores de pele, pois tem grande capacidade de metástase e pode espalhar-se, rapidamente, para outros órgãos do corpo. O melanoma se origina a partir dos melanócitos, células produtoras de melanina, pigmento que confere cor à pele. Mais comum em adultos de pele clara, a neoplasia pode manifestar-se mesmo em áreas do corpo não expostas ao sol ou em lesões pigmentadas pré-existentes.
A maioria dos melanomas é do tipo extensivo superficial, manchas com cores diferentes, bordas irregulares, tamanhos e formatos diversos, mais comuns nos membros inferiores no sexo feminino e no tronco, no sexo masculino. Devemos ficar atentos às manchas acastanhadas ou enegrecidas que surjam nas extremidades, como mãos, pés e subungueais, predominantemente em negros e orientais.
Todas essas formas são mais comuns em adultos jovens ou em idosos que se expuseram muito ao sol, principalmente na face. Existe a apresentação sem pigmentação, que não deve ser esquecida e por essa dificuldade diagnóstica, muitas vezes são descobertas tardiamente. Além dos aspectos clínicos, a dermatoscopia pode auxiliar na investigação e diferenciação do melanoma de outros diagnósticos.
Mudanças de cor, formato ou tamanho de uma pinta podem ser indícios de melanoma, pois, normalmente, a neoplasia começa a se desenvolver nessa região. Outras mudanças que podem sinalizar o aparecimento da doença são pintas que sangram, doem ou coçam. No entanto, nem todos os melanomas se desenvolvem próximos a uma pinta já existente. Em alguns casos, a doença aparece
repentinamente na pele sadia. Portanto, é preciso ficar atento ao surgimento de pintas ou manchas.
A exposição excessiva à radiação ultravioleta, ao ar livre ou em câmaras de bronzeamento, além de qualquer histórico de queimaduras solares tem papel importante no desenvolvimento do melanoma, principalmente em pessoas de pele clara. Entretanto, nem todas as feridas são decorrentes da radiação UV. Embora a maior parte desenvolva-se em áreas expostas do corpo, alguns casos da neoplasia podem ocorrer em regiões “cobertas” do corpo.
O melanoma é menos frequente que outros tumores cutâneos, representando apenas 4% dos casos. O fundamental é o diagnóstico precoce, pois os melanomas quando diagnosticados tardiamente apresentam altos índices de metástases.
O tratamento varia conforme as condições de saúde do paciente, localização, agressividade e extensão do tumor. O tratamento de escolha ainda é a cirurgia. Dependendo do estágio do câncer, a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia são outras modalidades terapêuticas que podem ser empregadas. Nos casos em que há metástases, a neoplasia, na maioria das vezes, não tem cura, mas existem diversas estratégias que permitem um controle importante e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente.