Incontinência urinária tem tratamento

Problema de saúde comum entre mulheres de meia idade e idosos, a incontinência urinária é uma doença caracterizada pela perda involuntária de urina e precisa de orientação médica. Não conseguir segurar a urina acarreta uma série de fatores, como infecção, depressão e vergonha do convívio social, o que força muitas pessoas a um isolamento. Cerca de 30% da população feminina irão ter incontinência acima dos 60 anos. Entre os homens, o índice chega a 10%.

As mulheres são as mais atingidas por fatores anatômicos e o resultado desse incômodo é um sério problema social e de higiene. Existe uma crença de que a incontinência urinária é um processo que faz parte do envelhecimento, mas a perda de urina não é normal em nenhuma idade, nem em nenhum gênero.

Deve sempre ser investigada e tratada corretamente. Até mesmo as mulheres que nunca tiveram partos normais, como as jovens e as que não têm a bexiga caída, podem ter o problema.

Um estudo recente da Organização Panamericana de Saúde realizado na cidade de São Paulo revelou que 12% dos homens e 26% das mulheres referiram incontinência urinária no período de 12 meses que antecederam a pesquisa. Foi notório um aumento da sua freqüência com o passar da idade. Em pacientes com idade de 60 a 74 anos, foi identificada em 16,5% e dobrou para 33% em pessoas com mais de 75 anos.

Agravantes à incontinência urinária em idosos são fatores relacionados à estrutura tecidual da bexiga e assoalho pélvico, dificuldade de deslocamento dessas pessoas até o toilete e a redução da capacidade olfativa, o que retarda a percepção do odor inconveniente da urina que impregnou a roupa. O diagnóstico e tratamento nessa faixa etária, assim como nas demais, são imperiosos.

A doença não é uma condição de risco para a saúde, no entanto reduz sensivelmente a qualidade de vida. Na população feminina de um modo geral, fatores como a fragilidade de tecidos conectivos e músculos do assoalho pélvico decorrentes da gravidez, parto vaginal, cirurgias ginecológicas e obesidade encontram-se relacionados à etiopatogenia da incontinência urinária de esforço.

Um tipo de incontinência muito freqüente é a que ocorre na síndrome da bexiga hiperativa. Neste caso, a incontinência é precedida por intenso e súbito desejo de urinar observado em cerca de 19% da população. Além de um grave problema de saúde, a doença se torna um sério problema social, de higiene e de auto-estima, pois causa vergonha nos pacientes afetados.

No entanto, os tratamentos atuais permitem que em média de 70% a 80% dos portadores da disfunção obtenham melhora dos sintomas. Deles, fazem parte, exercícios de reabilitação do assoalho pélvico, medicamento anticolinérgicos e, mais recentemente, a aplicação de toxina botulínica tipo A.

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