A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça de efeitos devastadores, e de uma intensidade tão grande que impede que a pessoa mantenha suas atividades normais de trabalho, estudo, vida social e familiar. A enxaqueca uma doença muito comum, afetando cerca de 1/5 da população. No Brasil, estamos falando de uma estimativa de 35 milhões de brasileiros.

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O primeiro impulso de quem está sofrendo uma dor de cabeça tão forte, que causa até náuseas, é tomar analgésicos. O uso de medicamentos sem orientação médica pode piorar a dor e até torná-la crônica. Por isso, se você sofre de enxaqueca, procure um neurologista para orientar você sobre como tratar e conviver com o problema.

A enxaqueca, chamada pelos médicos de cefaleia (nome científico para qualquer dor de cabeça), é um dos mais de 100 tipos de dores de cabeça identificados pela Medicina. Aproximadamente 12% da população sofre de enxaqueca e 75% das “vítimas” da enfermidade são mulheres. Após a menopausa, a proporção de mulheres para homens com enxaqueca volta a diminuir, em comparação com o período reprodutivo da vida. A frequência da enxaqueca varia de indivíduo para indivíduo. Alguns casos são mensais, outros anuais, e outros ainda, algumas vezes por semana, e até todos os dias!

Descoberta a razão da dor e com o tratamento, o paciente deixa de sentir dor, mas isso não quer dizer que está curado, e sim que controlou a cefaleia, porque a qualquer momento ela pode retornar, pelos mesmos ou por outros fatores desencadeantes. A maioria dos tratamentos de enxaqueca leva de nove meses a dois anos. Controlando os fatores desencadeantes e utilizando os remédios certos nos momentos certos, as crises tornam-se cada vez mais esparsas. Considera-se que o paciente controlou sua enxaqueca quando o número de ocorrências se estabiliza em menos de três ao mês.

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Infelizmente, ainda persiste um mito bastante comum de que a enxaqueca não tem cura. Isso muitas vezes leva os pacientes a se automedicarem com analgésicos ou outros remédios indicados por familiares ou vizinhos, o que é simplesmente a pior coisa a se fazer. Com o tempo, o efeito dos analgésicos vai diminuindo e o paciente tem a propensão de aumentar a dose dos medicamentos e, também, tica tentado a experimentar outros tipos de substâncias. Essa atitude pode tornar a dor crônica e, consequentemente, o tratamento mais difícil. O importante é não cair nessa “armadilha”. De fato, a enxaqueca não tem cura, mas pode ser controlada e deixar você em paz pelo resto da vida. Para isso, busque o auxílio de um neurologista.