A obesidade é hoje uma epidemia mundial. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, mais de 40% da população enfrentam problemas com a balança. Além disso, de acordo com o IBGE, nos últimos 30 anos triplicou o número de crianças brasileiras com sobrepeso. Estudos comprovam, ainda, que mais de 80% delas serão adultos obesos no futuro. Sabe-se hoje que, independente do excesso de peso, o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares está diretamente relacionado à localização da gordura corporal.
Pessoas com deposição de gordura na região do abdome têm maior chance de apresentar hipertensão arterial, hiperglicemia e dislipidemias – fortes fatores de risco para os eventos cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e o derrame cerebral. A presença de dois ou mais desses fatores de risco é denominada de síndrome metabólica. E, na medida em que aumenta a sua incidência, cresce o número de pessoas com diabetes e outras complicações.
O resultado dessa combinação é um alarmante índice de mortalidade entre pessoas das mais diversas faixas etárias. Para fazer frente a essa preocupante realidade, a indústria farmacêutica vem lançando este ano novos medicamentos nesta área.
Pela primeira vez, uma forma de insulina não injetável (inalada) está disponível para pacientes com diabetes tipo 1 e 2. Outras classes de medicamentos buscam o controle da doença com base na atuação das incretinas, peptídeos intestinais que, entre outras ações, estimulam a secreção de insulina. Para breve, deve entrar no mercado o rimonabanto, para quem tem gordura abdominal (associada ou não ao diabetes), dislipidemias e hipertensão arterial.
Dias 6 e 7 de julho, Curitiba será sede do fórum brasileiro de debates sobre esses novos medicamentos destinados a melhorar a qualidade de vida de obesos e diabéticos, durante o II Endosul – Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia – , que será realizado no Estação Embratel Convention Center.
Durante o evento, em parceria com o Shopping Estação e com o Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da UFPR, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – Regional Paraná (SBEM-PR) promove uma campanha de prevenção e de detecção do diabetes e da obesidade.
Pretendemos, com essa ação social conjunta, dar uma importante contribuição no sentido de esclarecer a população da importância da prevenção e detecção precoce do diabetes e da obesidade, da necessidade de as pessoas buscarem o tratamento médico sem demora e, desta forma, não se incluírem entre as vítimas de dois males cuja correlação desafia a medicina em todo o mundo.