Desenvolvimento de fobias

Podem ser diversas as causas de uma fobia. Ultimamente, nos consultórios de especialistas, fobias de avião têm representado uma porcentagem grande em relação a outras fobias. Relatos de acidentes aéreos, amplamente divulgados pela mídia, incidentes durante uma viagem, como turbulência, mau tempo ou até mesmo um pouso de emergência, podem provocar um medo muito exagerado e até mesmo o desenvolvimento de fobias.

Este medo pode também ter sido “herdado” pelo histórico familiar. Não geneticamente, porém, repetidas histórias ouvidas por pessoas significativas, mães, pais e até mesmo avós, podem desencadear um desequilíbrio importante, que se não tratado, pode sim caminhar para o transtorno.

Uma pessoa que tenha ficado presa, alguns segundos, em um elevador, pode generalizar este medo para todos os lugares apertados e fechados. É mais comum que isso aconteça na primeira infância. Este medo pode se expandir para outras situações semelhantes, e não raro esta pessoa evitará entrar em túneis, lojas pequenas e apertadas, shows com grandes multidões e assim por diante.

Sabemos que o ser humano não nasce com medos. Haja vista o fato da criança, em sua exploração pelo mundo, enfiar o dedo em tomadas, puxar o rabo do cachorro, debruçar-se em janelas etc. Em algum momento da vida, ela incorporará certos medos. Diga-se de passagem, esse sentimento é um sinalizador importante que nos protege. Sem ele correríamos sérios riscos em nossas vidas. Entretanto, um medo excessivo, exagerado, pode limitar muito a vida de seres humanos.

Poucos sabem, porém, que eles podem ser tratados, mas uma visita ao psicoterapeuta para aprender a lidar com esses medos, infelizmente, ainda é vista com muito preconceito. Acredita-se que os mais “fracos” precisem de ajuda. Ironicamente, apenas os mais conscientes são os que as procuram.

Apesar de tudo, essa cura pode ser rápida e indolor. Steve Andreas, programador neurolinguista nos Estados Unidos, admite que a maioria das pessoas ainda acha que devem sofrer para se curar. Ao contrário, existe um cuidado muito grande ao tratarmos fobias e traumas, em preservar o indivíduo do sofrimento. Já basta o que passou.

Nosso cérebro é muito esperto. Se ele, por proteção, instalou um medo, uma fobia, em frações de segundo, não precisará de anos de terapia para modificar essa experiência. No entanto, cada caso é um caso e devemos respeitar o ritmo de cada um que nos procura. O que pode levar algumas sessões para uns, pode se estender por alguns meses para outros.

A programação neurolinguística é muito respeitada atualmente, como uma fonte riquíssima de ferramentas que ajudam às pessoas a superar medos, traumas e fobias, e assim melhorar sua qualidade de vida, ganhando autonomia e melhorando a auto-estima e, portanto, sua vida.