Cultura da prevenção afasta o perigo do câncer de intestino

O assunto câncer assusta sempre que é posto em discussão -como o bravo enfrentamento do vice-presidente José Alencar contra a doença – com os pacientes, mas é preciso manter calma diante da enfermidade. No caso do câncer de intestino, se o diagnóstico for precoce, a chance de cura é de até 90%. Então, a prevenção é muito importante.

O tumor costuma atingir o intestino grosso, que é dividido em cólon e reto. Os sintomas e o exame apropriado para verificar a ocorrência da doença vão depender em quais dessas partes o câncer se instalou.

Por exemplo, se o tumor estiver alojado no lado direito do abdome, o paciente apresenta quadros de anemia, fraqueza corporal e mudança na frequência da evacuação. Nesse caso, a pessoa costuma ir ao banheiro diariamente, mas, de repente, precisa frequentar três, quatro vezes ao dia. Também pode ficar alguns dias sem sentir essa necessidade.

No entanto, ao observamos essa anormalidade no ritmo do intestino acompanhada de prisão de ventre, o indício é de que o tumor esteja no lado esquerdo do abdome. No reto, o sintoma principal é a presença de sangue nas fezes, mas vale prestar atenção quando a pessoa, após defecar, sente que a evacuação foi incompleta e permanece com vontade de ir ao banheiro.

O diagnóstico precoce é o ponto de maior sucesso no prognóstico do paciente, assim como deve ser valorizado o histórico familiar, justamente por ser uma doença que se instala, às vezes, sem a pessoa perceber. Por isso, em qualquer idade, a pessoa deve checar o que está acontecendo se tiver alguns dos sintomas. Já quem não apresenta problemas, deve começar a fazer exames preventivos a partir dos 40 ou 50 anos de idade.

Para constatar o câncer no reto, um simples toque retal já é suficiente, mas no caso do cólon é necessário um exame mais sofisticado: a colonoscopia. Ele possibilita ver, além dos tumores, problemas inflamatórios e pequenos pólipos que originam o câncer.

Os pólipos são na sua maioria benignos e podem aparecer devido à herança genética, mas também sem uma origem determinada. Estes apresentam degeneração com o passar do tempo, logo, têm potencial para se tornarem malignos. A colonoscopia, além de fazer o diagnóstico, permite obter material para a análise histológica, tornando mais eficiente a escolha do tratamento ideal para cada tipo específico.

A melhor maneira de prevenir é manter hábitos de vida saudáveis, diminuindo alguns dos fatores de risco, visto que aspectos, como a idade e o histórico familiar, por exemplo, não podem ser mudados. Então, o ideal é ingerir muita fibra e pouca gordura animal, deixar de lado o cigarro, as bebidas alcoólicas e alimentos com corantes. Manter a prática de exercícios físicos regulares e fazer os exames de prevenção.