Nos últimos anos houve um crescimento considerável na oferta de produtos para tratamentos, cuidados e prevenção de doenças da pele. Entretanto, as alegações de marketing dos fabricantes são muitas vezes exageradas ou enganosas. O consumidor encontra-se perdido diante de tanta variedade de soluções e de tantas promessas.
Muitos produtos, por exemplo, garantem benefícios, como “bastam poucos dias para desaparecimento de rugas e fim da flacidez”. Verdadeira ficção prometida por potinhos caros de cremes, muitas vezes, cuja eficácia não tem a mínima comprovação científica.
Raramente se insinua a possibilidade de efeitos adversos, cujas ocorrências atualmente lotam os consultórios de dermatologistas. Entre os mais presentes estão irritação, coceira, vermelhidão, descamação e manchas, entre outros. A preocupação deve ser constante, já que outros fatores cutâneos, como hidratação, sensibilidade, tipo de exposição a que a pessoa se submete devem ser sempre levados em conta para a boa resposta da pele a um produto.
Por exemplo, alterações da menopausa são responsáveis por efeitos importantes na estrutura da pele, para a qual os habituais produtos de tratamento de beleza que anteriormente surtiam algum efeito, não mais são adequados.
Cabe ao profissional médico, com especialização em dermatologia, avaliar criticamente as promessas feitas pelo fabricante dos produtos, a forma de apresentação, a quantidade do ativo, seus ensaios clínicos e a possibilidade de riscos do surgimento de efeitos colaterais. Um exame criterioso da pele do paciente é que vai decidir o tipo de produto mais indicado.
Além da grande oferta de produtos para cuidados da pele, contamos hoje em dia com o uso da toxina botulínica que além de seu uso habitual na face tem sido aplicada no pescoço e colo. O uso do ácido hialurônico injetável no tratamento de defeitos da face ou corrigindo linhas e sulcos é um procedimento médico rápido e seguro, desde que respeitada a quantidade de produto utilizado e fatores individuais de cada paciente. Sempre dentro de um bom senso estético sem exageros ou alteração da expressão facial.
Cabe ao dermatologista, especialista na área de atuação da cosmiatria, com senso estético e científico, orientar com responsabilidade o paciente. Sem promessas mirabolantes ou infundadas, como as encontradas nos “elixires” da juventude tão frequentes nos classificados de jornal.