Maria Stela Gonçalves, autora do livro Apague o cigarro de sua vida.

A epidemia do tabaco vem sendo combatida no mundo inteiro por meio de campanhas de educação e conscientização das populações, tanto em países de primeiro mundo como em países em desenvolvimento. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que um terço da população mundial adulta – mais de um bilhão de pessoas – seja fumante.

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Nos países em desenvolvimento, 48% dos homens e 7% das mulheres são adeptos ao tabagismo. Já em países desenvolvidos a porcentagem de mulheres fumantes sobe para 24% e os homens atingem 42%. As crianças também são alvos dos órgãos relacionados ao tabaco. Estudos recentes apontam que pais fumantes influenciam muito para que os filhos se tornem futuros fumantes.

Desde muito cedo alguns pais submetem seus filhos ao fumo passivo, muitas vezes até mais nocivo do que o próprio ato de fumar. O número de crianças que respiram ar poluído pela fumaça do tabaco impressiona: estima-se em 700 milhões, o equivalente a quase metade da população jovem do mundo.

Os adultos que fumam em espaços fechados, na presença de crianças, são responsáveis pela exposição dos pequenos as inúmeras substâncias altamente tóxicas presentes no cigarro, como nicotina, monóxido de carbono, cianeto e muitas outras. Além disso, o fumo passivo aumenta a possibilidade de desenvolvimento de doenças crônicas na infância. Pais fumantes devem ter consciência de que, além de prejudicar a própria saúde, estão colocando em risco a saúde de suas crianças.

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Nos menores expostos ao cigarro, doenças como resfriado, congestão nasal, tosse, irritação nos olhos e infecções do ouvido médio aumentam consideravelmente. Aumentam também o risco de doenças respiratórias, como pneumonia, bronquite e exacerbações de asma. Nos bebês, o risco de morte súbita aumenta em cinco vezes e o risco de desenvolver doenças pulmonares durante o primeiro ano de vida ganha números preocupantes.

Para conscientizar as crianças sobre os males do cigarro, a escola tem um papel importante: oferecer informação e educação sobre o assunto. Professores podem e devem falar sobre o tabagismo nas aulas de biologia, ciências, geografia e até mesmo história, pois existe muita curiosidade sobre a história do tabaco no mundo, sempre enfatizando que o tabaco é prejudicial à saúde.

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Com o aprendizado nas escolas, as crianças levam as informações pra casa e se tornam, na maioria dos casos, o principal estímulo para os pais sentirem vontade de parar de fumar. Além da escola, o acesso à internet também pode contribuir. Vários sites podem ser consultados a respeito do tratamento do tabagismo e dos benefícios em parar de fumar. O site do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e da OMS, pode ajudar nessa busca de informação.

E para finalizar, nada melhor do que o amor e o bom senso para levar pais a protegerem seus ?baixinhos? da dependência e de doenças relacionadas ao fumo passivo. A recompensa é a maior qualidade de vida para toda a família.