Câncer de mama e as possibilidades de cura

O câncer de mama é, na atualidade, a neoplasia maligna de maior frequência e taxa de mortalidade entre as mulheres. Somente para 2010, a estimativa é que cerca de 50 mil novos casos surjam no Brasil. Quando a doença é diagnosticada precocemente são grandes as chances de cura. O câncer de mama, em sua fase mais inicial, não apresenta sintomas. Por isso, não se deve esperar algum tipo de queixa para que sejam feitos os exames de rotina de forma preventiva.

Mulheres entre 45 e 55 anos e com histórico familiar da doença (mãe, irmã, avó materna) são as que apresentam com maior frequência. Também são de alto risco as que já tiveram resultados de biópsias de mama com lesões consideradas predisponentes. Ainda merecem mais atenção as mulheres que não engravidaram ou tiveram seu primeiro filho após os 30 anos de idade, que não amamentaram e que fazem o uso de terapias hormonais por longo período.

Fatores, como excesso de peso, sedentarismo e consumo alto de gordura animal e de álcool, também são considerados de alto risco. Apesar da necessidade de se realizar exames de rotina em pacientes assintomáticas, é ainda importante a realização do autoexame. Qualquer alteração, como a presença de nódulos, modificações da cor da pele, secreção e desvio ou invaginação do mamilo, devem ser motivo para procurar um médico especializado imediatamente.

As mulheres acima dos 40 anos devem se consultar com um especialista, fazer mamografia e, se necessário, ecografia mamária concomitante. Esses exames poderão detectar lesões suspeitas, como microcalcificações ou nódulos irregulares muito pequenos, ainda não palpáveis nem pelo médico especializado.

Atualmente, com esses procedimentos e os métodos de biópsias por punção ou pequenos procedimentos cirúrgicos, pode-se realizar um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado, elevando-se, assim, os índices de cura.

Com cirurgia plástica, radioterapia e oncologia clínica é possível realizar o tratamento conservador (sem a retirada da mama) ou o procedimento mais radical (com reconstrução mamária).

Além da evolução tecnológica para o tratamento, os estudos genéticos e os conhecimentos sobre biologia molecular fornecem muitos detalhes para a terapia sistêmica mais adequada para cada caso.

O câncer de mama é uma doença ocasionada pela multiplicação de células anormais, que se reproduzem de forma desordenada e que têm seu aparecimento e crescimento decorrentes de vários fatores, como morte celular, reação imunológica sistêmica e loca, além de fenômenos mediados por ação hormonal – especialmente estrogênica.

As causas apontadas como mais frequentes do surgimento do câncer de mama são alterações genéticas ou fatores hereditários e hormonais, além de outros ligados à debilidade imunológica da pessoa.

É importante saber que nem todas as alterações que podem ocorrer nas mamas são decorrentes de câncer. A maioria das enfermidades da mama acontecem devido a processos inflamatórios, tumores e alterações funcionais benignas.