A difícil escolha do mobiliário para o trabalho

Depois de decidida a compra de um novo móvel, em geral, surgem algumas dúvidas a respeito da escolha: qual o valor a ser investido, quais os critérios estéticos, o que está na moda, quanto tempo dura, entre outras especificações. Entretanto, a primeira questão deveria estar relacionada às necessidades do usuário com questionamentos do tipo: qual o uso que será dado a este novo mobiliário? Ele será usado eventualmente, para reuniões, ou estará disponível em algum posto de trabalho para uso ininterrupto? Ou ainda, será usado apenas para trabalhos eventuais?

Todos esses questionamentos são muito importantes e servem para validar e garantir uma boa compra de móveis para o trabalho, seja ele em um escritório, uma sala de estudos em casa ou mesmo o posto de trabalho em uma indústria. Em todos esses casos, o cuidado com a ergonomia deve ser levado a sério, pois isso não aumenta os custos e garante menos dissabores futuros com queixas ou decréscimo de rendimento.

Então, o correto é começar pela finalidade do mobiliário e ver quem irá utilizá-lo. O usuário deve conhecer bem o trabalho desempenhado, de modo a já conhecer suas reais necessidades. É erro comum o móvel ser escolhido por quem não o usa, diminuindo as chances de acerto e aumentando as possibilidades de problemas ergonômicos. Lembre-se: móvel ergonômico é aquele que atende às necessidades do trabalhador e do trabalho a ser desempenhado, não porque assim o fizeram.

A partir de então, deve-se procurar modelos que atendam às demandas. Se for uma cadeira, por exemplo, observe se favorece o bom apoio dos pés, se a coxa não está comprimida, se a coluna está alinhada e permite um bom apoio no encosto. Avalie, também, se os rodízios não atrapalham e observe se o apoio de braço permite uma boa posição junto à mesa, suportando o braço do trabalhador.

Existe uma regra básica para esta escolha: o móvel deve respeitar o ser humano, ser confortável durante longas jornadas e favorecer a boa realização do trabalho.

Depois de o móvel novo já ter sido adquirido, uma nova etapa se inicia, pois de que serve gastar mais de R$ 250,00 em uma cadeira e a utilizar como uma caixa de tomate? Todo mobiliário permite algum tipo de regulagem. Os mais completos chegam a ter quase 30 possibilidades de uso, o que favorece e muito a boa utilização pelo trabalhador treinado, mas dificulta a vida daqueles que utilizam os equipamentos de maneira errônea. Neste momento, o ideal é solicitar auxílio profissional para aprender como regular o mobiliário e qual a configuração adequada, do ponto de vista ergonômico. Vale ressaltar que de nada adianta ter um bom móvel, saber regulá-lo, mas não o utilizar para o fim previsto.

Destaco que a boa escolha depende de definir o usuário e a que se destina. O bom uso depende de saber como configurar e utilizá-lo adequadamente. Com esses cuidados, muitas dores de cabeça podem ser evitadas.

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