Pode parecer mentira, mas falta um pouco menos de duas semanas para o ano acabar. Como passou rápido, não é mesmo? Você já parou pra pensar quais foram suas conquistas, derrotas, sonhos realizados, alegrias e tristezas deste ano? O mês de dezembro é uma boa época de reflexão e também de listar o que aconteceu de melhor durante o ano todo.
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E, como não podia passar em branco, vou listar os cinco melhores filmes de 2019. Acredite se quiser, este ano foram mais de 200 filmes e séries assistidos, só entre os que estrearam no último ano, foram 79 longas. Os critérios para a avaliação levam em conta a construção narrativa, direção e atuação.
5º – Coringa
Por que é bom?
Perturbador, violento e dramático. Todd Phillips, conhecido por dirigir a trilogia Se Beber, Não Case, vai na contramão não só do seu estilo, mas também, do gênero cinematográfico conhecido em filmes de super-heróis. Coringa é um drama psicológico sobre a interferência social e de relações familiares de um personagem que vive na marginalidade, sem apoio das instituições sociais e sem expectativa de crescimento.
Leia a crítica sobre o filme Coringa
4º – Parasita
Por que é bom?
O longa coreano retrata as ambições, ganância, corrupção e toda escória da sociedade representada em uma família que é capaz de tudo em busca da ascensão social. Bomg Joo-Ho, mesmo diretor de Okja, produção original da Netflix, mistura o suspense com humor sutil fazendo Parasita ser um dos melhores filmes do ano. Não é a toa que ganhou Palma de Ouro, em Cannes deste ano.
3º – A Vida Invisível
Por que é bom?
O filme é um ato político, que trata os problemas sociais delicadamente. O diretor Karim Aïnouz traz a temática feminista, mesmo não tendo o poder de fala, porém, consegue lidar com a situação por não só querer ouvir o público feminino, mas também tentar revelar por meio de sua visão masculina como é tóxico o patriarcalismo, e, como a batalha por direitos femininos foi árdua. Para o diretor, estas merecidas conquistas devem ser respeitadas pelos homens.
Leia a crítica sobre o filme A Vida Invisível
2º – Bacurau
Por que é bom?
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles utilizam a ficção científica de modo elegante, sem clichê. Brincam em algumas cenas de ações que remetem ao gênero de aventura bem característico do cinema hollywoodiano para criticar o cenário politico não só nacional, como internacional, colocando em xeque os problemas do neocolonialismo e a exaltação do etnocentrismo. O filme reflete não só o momento atual, mas também a época do Brasil colônia. Reflete sobre a força coletiva, a luta comunitária, o bem-estar comum. Enfim, um verdadeiro panorama pitoresco sobre a história do Brasil.
Leia a crítica sobre Bacurau
1º – História de um Casamento
Por que é bom?
Noah Baumbach mostra um relacionamento em crise de casal meia- -idade sem criar um personagem totalmente vítima ou culpado pela situação. Os atores Adam Driver e Scarlett Johansson se destacam por trazerem a melhor atuação de suas carreiras, além de uma química fantástica entre eles. O roteiro impressiona pela similaridade com histórias reais e a construção leve com bom teor de emoção.