Se você tivesse a oportunidade de falar com o seu eu do passado, qual o conselho você daria pra si mesmo? Pois é, creio que todo mundo gostaria de realizar esse desejo. E na comédia Quando Margot Encontra Margot podemos conhecer uma pessoa que conseguiu esse privilégio.
O filme mostra Margaux, uma jovem de 20 anos despretensiosa com a vida que conhece uma mulher de 40 anos de mesmo nome. Ambas descobrem que são as mesmas pessoas só de época diferente. Assista ao trailer:
Cômico, sútil e reflexivo. Quando Margot Encontra Margot faz o público amadurecer com as personagens ao longo do filme. Chega a ser inteligente por não ser pragmático. Nem sempre a personagem de meia-idade tem a voz da razão. A química entre as atrizes Agathe Bonitzer e Sabrine Kiberlain, as interpretes “xarás” é espetacular.
Sophie Fillières entrega uma direção elegante de drama levemente engraçado sem transformar a trama em um espetáculo de gargalhada.
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O filme também ganha na sua concepção estética. A caracterização pelo figurino das ‘Margaux’ onde uma é representada pela cor azul e a outra pelo vermelho finaliza o filme de forma inteligente revelando o aprendizado que uma teve com a outra ao longo da trama quando há troca de cores entre personagens.
Outra genialidade é o próprio nome das personagens, que infelizmente não foi bem representado na tradução do nome do filme em português. O nome original do longa é La Belle et la Belle, no Brasil a produção se chama Quando Margot Encontra Margot, porém elas se chamam Margaux, um verdadeiro imbróglio, não é mesmo?
Quem entende um pouco de francês, sabe que em alguns casos o uso de ‘aux’ no final da palavra indica plural, é o nosso famoso “s”. Uma simples forma de nomenclatura faz uma grande diferença na trama.
Quando Margot Encontra Margot é um longa que te abraça e faz você querer acompanhar a história por horas e horas. Ele estreia nesta quinta-feira, 4, nos cinemas de Curitiba.
Avaliação: ⭐⭐⭐1/2
Pra quem gosta: comédia
Pra assistir: sozinho
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