Novo suspense do diretor de "A Bruxa" traz astros de Hollywood na melhor fase

Reprodução

Robert Eggers, diretor de A Bruxa, filme lançado em 2016, volta ao cinema com mais uma história clássica cheio de suspense e terror psicológico. Desta vez, o cineasta reconta o ‘causo’ de marinheiros sobre sereias, e, para fazer este mistério acontecer, Eggers escala dois artistas de peso do cinema hollywoodiano: Willem Defoe, conhecido por interpretar o Duende Verde em O Homem-Aranha (2002) e Robert Pattison, o eterno Edward da saga Crepúsculo e o novo Batman.

A história de O Farol acontece no início do século XX. Thomas Wake, personagem de Willem Defoe, é o responsável pelo farol de uma ilha isolada. Ele contrata o jovem Epharim Winslow, interpretado por Robert Pattison, para substituir seu ajudante anterior. Sua tarefa é colaborar nas tarefas diárias do local. Porém, um dos acessos ao farol é vedado ao novato. Enquanto os dois homens se conhecem, Epharim fica obcecado por saber o que acontece no local restrito e, ao mesmo tempo, fenômenos estranhos começam a surgir na ilha.

Misterioso e surpreendente, o novo longa de Robert Eggers segue as mesmas características do seu primeiro sucesso, A Bruxa. O terror psicológico, os suspenses enigmáticos e gradualmente absurdos fazem o espectador ficar vidrado até o último segundo da trama.

Dafoe e Pattison impressionam pela atuação caótica, maníaca e assustadora. Os atores crescem de forma plausível com o enredo trazendo um dos melhores papeis da carreira de ambos. Aliás, engana-se quem paradigma o sucesso de Pattison apenas por sua atuação na saga Crepúsculo.

O ator já vem fazendo história na indústria cinematográfica desde seus trabalhos em filmes independentes e de baixo-orçamento, como Cosmópolis, Bom Comportamento e O Rei, este último uma produção da Netflix.

Eggers também se destaca pela direção e fotografia, usando como referência o impressionismo alemão, estilo cinematográfico famoso dos anos 20 que utilizava a fotografia de luz e sombra, com temas sombrios, distorção de imagens e dramaticidade excessivas e bizarras para contar a história.

Além de adaptar uma lenda conhecida entre os marinheiros, o cineasta ainda reflete sobre a relação abusiva entre empregado e patrão, que vão desde pressão psicológica ao abuso de poder, em um roteiro cheio de signos e mitos sobre os seres aquáticos.

Enfim, O Farol é aquele filme de terror que será amado por alguns e odiados por outros.

Avaliação: ****
Pra quem gosta: terror, suspense
Pra assistir: amigos, crush e sozinho
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