Depois de lançar a excelente obra inspirada em sua própria vida em “Dor e Glória”, o cineasta Pedro Almodóvar retorna às telonas com mais um melodrama polêmico maternal. “Mães Paralelas” (Madres Paralelas) chega ao cinema nesta quinta-feira (03) no cinema de Curitiba e promete conquistar uma vaga no Oscar 2022.
O novo longa é sobre duas mães que se conhecem na maternidade e dão à luz no mesmo dia e se encontram ao longo dos dois primeiros anos dos filhos. Estrelado por Penélope Cruz (Wasp Network: Rede de Espiões) e apresentado Milena Smit, o filme tem participação da amiga de longa data de Almodóvar, Rossy de Palma (Toc Toc).
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Dramalhão intenso, Pedro Almodóvar busca trazer novos conflitos maternais que são presentes em suas obras que o consagram no mundo do cinema. No entanto, “Mães Paralelas” é presentado ao público com diálogos superficiais, desfechos simplórios e situações sem grandes profundidades ou complexidades que são as marcas registradas do cineasta.
Parece que as interpretações exageradas e caóticas, as situações banais e as tramas que buscam construir grandes debates não estão mais presentes em seus filmes atuais. A sensação é de que o Almodóvar caiu em sua zona de conforto, busca a aprovação do público geral com elementos presentes em uma história de novela mexicana.
Talvez a culpa do dramalhão novelesco seja da produção ou produtora e distribuidora que estão por trás da trama. Vale lembrar que “Mães Paralelas” é um filme original da Netflix e chega ao streaming ainda nesse mês.
Enfim, “Mães Paralelas” não é um filme perdido. Para quem está à procura de um drama, gosta do cinema espanhol e do cineasta, o novo longa de Almodóvar é uma boa opção para quem quer ir ao cinema neste fim de semana.
Avaliação: ⭐⭐⭐
Pra quem curte: Drama
Pra assistir com: Amigos ou sozinho
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