Acordar depois de um grande pesadelo é libertador, a sensação de alívio é reconfortante. O problema é quando você teme que ele retorne. Foi assim que Tancredo Neves sentiu quando o Brasil deixou de ser governado por militares por mais de 20 anos.
Pra quem faltou às aulas de história, entre 1983-84 ocorreu a “Diretas Já!”, manifestação que pedia a saída dos militares do governo, a volta da democracia e eleições diretas. A primeira foi de forma indireta realizada por um colégio eleitoral e dando vitória a Tancredo Neves.
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Porém, Neves não estava bem da saúde, médicos da época acreditavam que se tratava de uma apendicite, uma doença comum, mas o futuro presidente não queria ser operado antes da posse, temendo que a população pensasse que seu governo ia ser fraco e frágil. O problema é que a doença foi se agravando resultando em uma cirurgia de emergência na véspera da posse.
Em “O Paciente – O Caso Tancredo Neves” retrata esses dias infelizes que culminou na morte do presidente. O filme mostra o conflito de egos entre médicos e a presença da mídia no fato. Veja o trailer:
Quem viveu na época se lembra das várias teorias das conspirações envolvendo a saúde frágil do presidente. A população temia que os anos de chumbo não estivessem prestes a terminar.
O diretor Sergio Rezende (Salve Geral) retratou isso de forma clara, com base no livro de mesmo nome. Otho Bastos, ator que interpreta Tancredo, está perfeitamente no papel, mas Rezende, conhecido por seus filmes históricos como o clamado “Zuzu Angel” (2006), “Mauá – O Imperador e o Rei” (1999) e “Guerra de Canudos” (1997) entrega um longa sem vida, monótono e exaustivo. São 90 minutos que parecem durar mais de duas horas.
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Mas “O Paciente – O Caso Tancredo Neves” é aquele tipo de filme para ser visto em uma aula de história e debatido sobre a influencia da mídia e os erros médicos causados. O filme estreia nesta quinta (6) nos cinemas de Curitiba.
Avaliação: ⭐⭐1/2
Pra quem gosta: drama/biografia
Pra assistir: com amigos ou sozinho
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