Estabilidade financeira, profissional e pessoal é o que todo mundo deseja. O problema vem quando uma delas entra em crise. Em Happy Hour: Verdades e Consequências vemos a personagem Vera, papel interpretado pela atriz curitibana Letícia Sabatella. Ela é casada com um argentino e que vê seu casamento entrar em crise, após o marido pedir permissão para ter um relacionamento aberto.
O pedido veio após seu esposo sofrer acidente vitimando um famoso bandido vestido de homem-aranha. Ele decide dar a voz aos desejos causando angustia a esposa. Veja o trailer:
O longa de Eduardo Albergaria faz uma ótima reflexão sobre um dos maiores tabu da atualidade, o poliamor. Racionalizar a emoção entre a personagem de Letícia Sabatella, uma política com convicções casada com um gringo que é professor universitário da área literária trabalha de forma plausível com a dualidade: ela é racional; ele, sentimental.
Sua ideal criativa de trazer a racionalidade feminina e sentimento masculino inverte os valores que conhecemos tradicionalmente. Mas, como o próprio nome do filme diz, as verdades tem consequências.
Eduardo Albergaria, conhecido por dirigir o documentário Paysandú – 100 anos de Payxão (2015), se arrisca pela primeira vez o mundo da ficção e entrega uma ótima direção em um roteiro mediano. O casal vivido por Letícia Sabatella e Pablo Echarri possui química, mas não impressiona. O progresso da trama caminha de forma estereotipada, trivial, sem surpresas.
Happy Hour: Verdades e Consequências é um drama à la francês ambientada na cidade maravilhosa. O filme estreia hoje nos cinemas de Curitiba.
Avaliação: ⭐⭐⭐
Pra quem gosta: drama
Pra assistir: sozinho
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