Chega aos cinemas de Curitiba, nesta quinta-feira (7), “Thor: Amor e Trovão”, o quarto filme do deus nórdico. Uma das produções mais aguardadas da Marvel, o longa estava previsto para estrear em novembro do ano passado, mas foi adiado por conta da pandemia da covid-19.
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Entre as novidades do novo filme estão o retorno de Jane Foster, personagem vivida por Natalie Portman; a participação d’Os Guardiões da Galáxia; a chegada de Christian Bale, que já foi herói da DC dando vida ao homem-morcego na trilogia de 2005-2008; e Russell Crowe, que veio à Marvel para viver Zeus. E tem ainda Matt Damon e Melissa McCarthy fazendo uma breve aparição na trama.
Este elenco de peso é capaz de deixar todo mundo contando os dias para ver a trupe toda em um único filme, ainda mais com a direção de Taika Waititi, um veterano diretor da Marvel, conhecido por misturar boas doses de comédia com ótimas cenas de ação.
Diretor premiado e elenco invejável. Mas a final, qual é a história do filme? Depois dos acontecimentos de “Vingadores: Ultimato”, Thor decide se aposentar, mas tem seu sossego interrompido quando um misterioso vilão chamado Gorr começa a matar deuses de outros universos. Com ajuda d’Os Guardiões da Galáxia, sua ex-namorada Jane Foster e sua amiga Valkiria, o deus nórdico retorna à Terra para destruir o criminoso.
Abusando do humor de quinta série, “Thor: Amor e Trovão” tem roteiro fraco, sem grandes revelações e participações decepcionantes. A presença dos heróis d’Os Guardiões da Galáxia é praticamente como figuração. Chris Hemsworth mais uma vez faz um herói nórdico bobão, com piadas de tiozão. As cenas de Russell Crowe e Matt Damon envergonham. O único que salva a trama é Christian Bale, que traz um vilão surpreendentemente sombrio.
Taika Waititi mais uma vez demonstra não ser o melhor diretor para os filmes de Thor. Vale lembrar que “Ragnarok”, o terceiro longa solo do irmão de Loki, também tem comédia exagerada e a trama só é salva pela história. A sensação que se tem em “Amor e Trovão” é que o cineasta brinca com a história, pede para os atores improvisarem e ainda acha tudo engraçado.
E, no contexto geral, parece que a maré não está boa para Marvel em 2022. “Thor: Amor e Trovão” é o quarto filme lançado neste ano e era uma das apostas pra se destacar entre os longas anteriores. O primeiro foi “Eternos”, que teve boas críticas, mas desagradou o público; depois veio “Morbius”, um grande fiasco e “Doutor Estranho no Multriverso da Loucura”, que não é ruim, mas deixa a desejar. Com isso, “Homem- Aranha: Sem Voltar pra Casa”, lançado em dezembro do ano passado, que por ironia é da Sony Pictures, continua sendo o melhor recente filme da MCU da atualidade.
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Enfim, assim como as novas produções da Star Wars, está na hora da Disney parar, sentar e entender que a ideia para os filmes e séries do universo Marvel lançados já começa entrar em crise. Deixar de tentar unir histórias, trazer outros heróis e criar spin-offs que são apresentadas ao público com pouca originalidade, em uma trama enfraquecida.
Avaliação: ⭐⭐1/2
Pra quem curte: Filme de herói
Pra assistir com: Amigos
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