Na última sexta-feira, a Netflix lançou o prometido Power, filme estrelado por Jamie Foxx, Joseph Gordon-Levitt e Rodrigo Santoro.

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O longa fala sobre uma nova droga que dá a seus usuários superpoderes temporários, o que causa grandes problemas à policia de Nova Orleans para combatê-la. Um ex-militar, personagem de Foxx, e um policial, papel interpretado por Gordon-Levitt tentam descobrir a fonte da substância e quem está por trás do tráfico.

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Ação na medida certa, Power conta com a direção da dupla Ariel Schulman e Henry Joost, a mesma dos filmes Nerve: Um Jogo sem Regras e Atividade Paranormal 3 e 4. A produção também marca a estreia Mattson Tomlin como roteirista.

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Com cenas ágeis, tensas e cheias de efeitos especiais, Schulman e Joost apresentam em Power o mesmo estilo presente nos seus filmes anteriores. Eles conseguem fazer o público perder a noção do tempo em uma trama com quase duas horas. É um thriller instigante.

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Já o roteiro de Mattson Tomlin é capaz de conquistar os espectadores fãs de um bom filme de ação, e até mesmo àqueles que apreciam histórias de ficção-científicas e super-heróis. No entanto, é simplório. Não há originalidade e identificação de um estilo próprio. Com isso, o filme acaba sendo o mais do mesmo de outras produções presentes no catálogo da Netflix ou em outros serviços de streaming.

Jamie Foxx e Joseph Gordon-Levitt em “Power”. Foto: Divulgação/Netflix

Jamie Foxx e Joseph Gordon-Levitt são as estrelas da trama, porém eles entregam uma atuação sem grandes destaques. Apenas fazem o dever de casa. Já o ator brasileiro Rodrigo Santoro consegue, nos poucos momentos em que aparece, ser um bom vilão. O destaque, no entanto, vai para a jovem Dominique Fishback. A atriz mostra a cada passo a sua potencialidade na interpretação. É o primeiro papel de Fishback em cinema. Antes disso, ela participou da série HBO The Duce.

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Mais do que um filme sobre droga, Power critica a ambição por poder, o egoísmo e a corrupção social envolvidas na cultura da violência. Trás reflexões sobre até que ponto quebrar as regras e ser antiético pode beneficiar a comunidade.

Com isso, Power se destaca não por ser um filme de ação, mas por sua trama reflexiva. Aliás, assim como foi com The Old Guard, o novo filme de Schulman e Joost mostra mais uma vez a estratégia da Netflix em produzir conteúdos próprios de ficção-científica e, de certa forma, sobre super-heróis mais humanizados.

Avaliação: ⭐⭐⭐
Pra que gosta: ação, policial, ficção-cientfíca
Pra assistir com: amigos, crush ou sozinho
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