Crítica

“Era Uma Vez Um Sonho” é um dramalhão baseado em história real

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Era Uma Vez Um Sonho. Foto: Divulgação/Netflix

É fato, nenhuma família é igual aos tradicionais comerciais de margarina. Desentendimentos e conflitos acontecem e são normais. Mas claro, existem famílias e famílias. Algumas realmente são tóxicas, agressivas e conturbadas. E pra piorar ainda há aquelas que fazem de tudo para aparecer que são perfeitas.

Mas assim como a família representada em antigos comerciais de margarina, os filmes e séries estadunidenses em sua grande maioria também traziam as telas famílias felizes, perfeitas, típicas da publicidade do american way of life (estilo americano de vida) representada por séculos e claro, uma verdadeira utopia. E um filme que revela este outro lado imperfeito é “Era Uma Vez Um Sonho”, produção original da Netflix que estreou na última terça-feira (23).

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Baseado em uma história real, o longa mostra a vida de um ex-fuzileiro naval e estudante de Direito, J.D. Vance, que tem o sonho de ser um advogado renomado, mas é interrompido por uma crise família que o obriga a retornar a sua cidade natal e resolver a relação conturbada com sua mãe fazendo o jovem refletir nesta jornada seus antigos momentos com sua avó.

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Glenn Close e Amy Adams em “Era Uma Vez Um Sonho”. Foto: Divulgação/Lacey Terrell/Netflix

Estrelado por Glenn Close (A Esposa) e Amy Adams (A Chegada), o filme ainda tem Freida Pinto (Quem quer ser Milionário?), Haley Bennett (O Diabo de Cada Dia) e Gabriel Basso (Versões de um Crime) no elenco. A direção é a mesma de “Uma Mente Brilhante” e “Han Solo: Uma História Star Wars”, Ron Howard.

Um drama comovente, “Era uma Vez Um Sonho” possui ótimas atuações de Gleen Close no papel da avó de J.D. Vance, personagem de Gabriel Basso, e Amy Adams traz uma mãe complexa com distúrbio emocional e psicológica. Claro, ambas já demonstraram a impressionante interpretação no trailer divulgado pela Netflix. Inclusive sendo uma grande aposta para o Oscar 2021 antes mesmo do lançamento do filme.

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Cena do filme “Era Uma Vez Um Sonho”. Foto: Divulgação/Lacey Terrell/Netflix

Mas, como sempre, a expectativa falou mais alto. Apenas as atuações das duas são o diferencial do longa. Mesmo a história possuindo um bom argumento, a roteirista Vanessa Taylor não soube conduzi-la. A apresentação dos personagens e o início da trama caminham ao que tudo parece ser um filme emotivo e impactante, mas seu desfecho acaba seguindo para um dramalhão comercial sem profundidade e de final clichê. Além te trazer de forma extrapolada diversas discussões sociais à trama sem sua devida profundidade. Vale ressaltar que Taylor foi escritora de “A Forma da Água”, outro motivo pela alta posta que “Era Uma Vem Um Sonho” seria um longa excepcional.

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O que era para ser uma trama sobre crise familiar discutindo sobre seus problemas, acaba tornando-se um exemplo raso sobre meritocracia sem grandes emoções. No entanto, “Era Uma Vez Um Sonho” pode atrair a atenção de alguns expectadores, principalmente aqueles que pode encontrar na trama uma identificação com sua história pessoal e inspira-la por superação.

Avaliação: **1/2
Pra que curte: Drama
Pra assistir com: Sozinho
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